Os possíveis nomes a levarem para casa o título e o troféu já foram postos à mostra. Agora vamos aos mais do que desesperados clubes que decepcionaram, ou não, e brigam para manter-se na elite do maior esporte nacional. Por incrível que pareça, a maior matéria-prima deste texto vem de Minas Gerais, algo impensável antes do campeonato e até mesmo nas suas primeiras rodadas.
América-MG – Este sem dúvida sempre esteve na lista rumo ao descenso, sendo antes ou durante a competição. Com um fraco elenco, o América pouco pode fazer na competição fora arrancar alguns pontos de equipes grandes. Ultimamente até esboça uma reação, tento até conseguido golear, quando venceu o Ceará por 4x1, mas logo se viu de volta à realidade, sendo vencido pelo Atlético-GO, de virada, por 2x1. Vaga na Série B da próxima temporada garantida e a única coisa que podemos desejar ao time é boa sorte na briga para voltar ao topo. Assim como o clássico carioca que pode decidir o título na última rodada, o de Minas também pode, mas definirá quem permanecerá na elite brasileira, situação nada animadora para o estado.
Atlético-MG – Quem diria que o Galo estaria numa situação dessas nas primeiros jogos do nacional? Naquela época o time estava bem, vencia e chegou até a liderar. Claro, foi na primeira rodada, mas aconteceu. Sem conseguir acertar seus comandados em campo, Dorival foi ‘convidado a se retirar’ do cargo de técnico, vindo Cuca no seu lugar. Mas as coisas não se diferenciaram muito. Nas primeiras rodadas comandando o Atlético, o treinador sofreu. Foram cinco jogos até conquistar a primeira vitória. O Galo é o primeiro na zona da degola, um ponto de diferença para o Cruzeiro, primeiro fora de perigo.
Atlético-PR – Desde o começo no fundo do poço. A vida do Furação aprecia estar selada, mas quando Renato Gaúcho assumiu o comando da equipe as coisas mudaram. O futebol era outro, os resultados também. Derrotas deram lugar a vitórias ou bons empates, pontos imprescindíveis para fugir do inferno. Porém, assim como veio, Renato foi embora e junto com ele o bom rendimento nos gramados e os placares finais, voltando a ter que engolir derrotas. Desta vez a vida complicou definitivamente, sobrando poucas esperanças de vida entre os principais clubes brasileiros em 2012.
Avaí – A eliminação do São Paulo em plena Ressacada deu moral a esta equipe. Quem viu o time jogando aquela partida decisiva previa bons resultados no brasileiro, ao menos a conquista da vaga na Sul-Americana. Mas nada disso aconteceu e a situação é totalmente a inversa. Decepcionou, e feio, tanto torcida quanto estudiosos. O rendimento visto contra o tricolor foi a exceção da exceção. O verdadeiro Avaí é o de derrotas fora de casa e apenas empates dentro, deixando claro o seu alvo que era (tentar) permanecer vivo. E pelo visto também ira decepcionar neste quesito.
Ceará – Outro time que surpreendeu. Vagner Mancini conseguiu complicar a vida de dois grandes paulistas jogando no PV. São Paulo e Palmeiras foram dominados pelo alvinegro cearense, aonde a vitória veio somente contra o alviverde, mas dentro de campo o domínio foi pleno dos anfitriões nos dois casos. Fora de casa é praticamente uma baba, festa para quem o recebe, não? Após a queda de Mancini e a contratação de Estevam Soares, a realidade do meio da tabela deu lugar a uma situação mais complicada, as proximidades do Z-4. Pelo visto, as forças do alvinegro já o deixaram e é um dos clubes que conquistarão a vaga na próxima segunda divisão nacional.
Cruzeiro - Quem diria que a Raposa estaria numa situação dessas antes do nacional? Assim como a pergunta, a vida do Cruzeiro é praticamente idêntica a do eterno rival Atlético. Antes do nacional, o clube estava na Libertadores e focava esta competição. Quando foi eliminado, o brasileiro era o único campeonato a ser disputado, mas o peso de cair da competição Sul-Americana pesou. E ainda pesa. É claro o mau desempenho da equipe, que antes teve o melhor rendimento na primeira fase da Liberta. Contraditório, não? Inimaginável, também. Montillo, o maestro, não deu conta de levar a equipe nas costas, estando sobrecarregado e sem mãozinhas de companheiros para ajudar. Com Keirrison no comando do ataque, o sofrimento só é aumentado.
Apesar do mau momento mineiro, os grandes times podem ficar ‘menos preocupados’, pois a situação do Ceará é pior, vem correndo ladeira abaixo e parece querer uma das três vagas restantes. Ah, os grandes ficam, mas digam adeus ao América.
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