Foto: Agência Reuters
Finalmente uma vitória convincente do Brasil. Por incrível
que pareça, a segunda em apenas uma semana, fato raro ultimamente.
Desde 2006 não temos um time com total confiança de seus
torcedores, com esquema ofensivo que passava tranquilidade aos brasileiros.
A primeira mostra de melhora foi no sábado contra a
Dinamarca, partida vencida por 3x1 e apagada pela disputa do Brasileirão e pelo
GP de Mônaco de Fórmula 1.
Ontem a “Era Mano” reencontrou seu primeiro adversário, que
derrotou em agosto de 2010 por 2x0 com gols de Neymar e Pato.
Os dois atacantes também reencontraram as redes, mas já em
momento da carreira bem diferente de dois anos atrás.
Pato liderava o Milan e o comando ofensivo da
seleção de Mano em seu início, com média de um gol por jogo, enquanto
Neymar prosperava como estrela santista.
Agora, Neymar assumiu o posto de estrela de nossa seleção,
onde os torcedores depositam as esperanças de um (ainda distante) triunfo na Copa de 2014.
Mas Pato decaiu, vítima de seguidas lesões musculares que o
afastaram por vários meses nas duas temporadas passadas de vestir a camisa rossonera.
E isso o tirou do time titular, perdendo a vaga para Leandro Damião e sua fase incrível no Internacional.
Só que o time não se restringe a ambos, ainda mais por
Alexandre estar atualmente no banco.
Vamos começar do gol.
Rafael teve sua estreia e mostrou porque é a aposta do treinador
para puxar a lista dos 11 em campo nas Olimpíadas, fazendo três defesas de alto
nível técnico.
Thiago Silva sempre seguro na defesa se aventurou no ataque
e marcou o segundo gol da partida de cabeça.
Pela lateral, Marcelo assumiu a posição e ao lado de Neymar complicou
a vida dos zagueiros americanos no lado esquerdo do ataque verde e amarelo.
O lateral ainda deixou o seu gol, o terceiro
da goleada, após tabela com o craque dos gramados e do marketing.
Rômulo atuou bem, mas o meio campo foi de Oscar, que brilhou nas duas partidas, assumindo a camisa 10 com tranquilidade e
comandando a criação das jogadas.
Da mesma forma, Hulk vestiu a amarelinha e se sentiu em
casa. O atacante mostrou qualidade, participou dos três
gols contra a Dinamarca e atuou bem nos EUA.
Sábado no tradicionalíssimo 4-4-2, agora voltando ao 4-2-1-3
característico do esquema da seleção de Mano Menezes, mas com o time tendo boas apresentações
Isso é o mais importante e a maior cobrança dos "especialistas", desde os ditos com formação até os figurões dos sofás.
A crítica a Mano era a falta de rendimento do
time e o esquema que não deixava claro a função de cada jogador, isso agravado com
as constantes trocas de nomes convocados.
Desta vez o time parece ter amadurecido, mesmo tendo chamado
jogadores mais novos por conta da Olimpíada.
O nível técnico da Dinamarca pode ser questionado, mas a
equipe estadunidense vem em crescente nas últimas competições.
Para confirmar isto, basta lembrarmos
a Copa das Confederações, onde abriram 2x0 contra nossa seleção, mas sofreram a
virada e ficamos com a taça.
Pode não ser a solução, o ideal, mas nestes dois jogos a
seleção brasileira teve um avanço.
Avanço técnico, tático e de confiança, tanto dentro de campo
quando de fora dele, digo de Mano e também da torcida brasileira.