quinta-feira, 24 de maio de 2012

De volta às semifinais

Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com

Foi sofrido, do jeito mais conhecido da torcida alvinegra.

Não que seja o jeito mais simples ou tranquilo, mas como os corintianos se especializaram em vencer.

Nos primeiros dois tempos, ninguém foi protagonista a não ser a lama, garantindo o 0x0 e deixando a decisão para São Paulo.

Mesmo tendo a torcida como combustível, o time sabia das dificuldades, afinal encarava um time de igual capacidade, adversário conhecido desde o ano passado.

Rival até o último instante pelo nacional de 2012, ganhando o jogo em São Januário e dificultando a vitória dos paulistas no Pacaembu.

E o palco da decisão era este, casa de aluguel do Corinthians, dono simbólico do estádio.

As escalações eram as mesmas, uma repetição de quarta passada com a exceção da lama, só que as tensões estavam ainda maiores...

Prass, Diego Souza e companhia contra Cássio, Emerson e mais de 30 mil corintianos nas arquibancadas.

Os coros eram escutados de longe antes da bola rolar e não cessaram até mesmo, e principalmente, depois do apito final.

No início muito respeito. A preocupação era não se abrir, evitar os vacilos e, se desse, atacar.

Nilton tentou de fora da área pelo Vasco. Emerson dentro dela para o anfitrião, só que nada de gol.

Já na etapa complementar, Felipe foi improvisado na lateral pela lesão de Thiago Feltri.

O time visitante ganhou mais qualidade no passe, aproveitando para contra atacar mais incisivamente.

Pouco depois, Tite foi expulso e se viu obrigado a acompanhar o restante do jogo das arquibancadas, junto com a torcida.

Diego Souza, de histórica rivalidade por ter jogado no Palmeiras, poderia ter sido o nome da classificação.

Na cara do gol, o camisa 10 chutou colocado no canto direito, mas Cássio desfiou de leve e mandou para a o escanteio.

Nilton ainda ia carimbar o travessão depois da cobrança, animando a torcida... Corintiana!

Por incrível que pareça, a arquibancada acordou e moveu o alvinegro para frente.

Emerson se animou e acertou a trave. Vendo o bom momento lá da geral, Tite mandou Wiliam e Liédson para campo.

Não teve o resultado esperado de ambos. Os minutos estavam acabando e as penalidades vinham à cabeça.

O jogo estava aberto para qualquer resultado, mas o Vasco fechado como nunca em seu campo esperando o erro do rival.

Se passaram 86 minutos até o grito enfim ecoar no Pacaembu.

Alex na marca esquerda de escanteio. Bola na área. Viagem com destino certo.

12 anos de espera até que Paulinho cabeceou e colocou o Corinthians de novo em uma semifinal de Libertadores.

O apito final veio, junto com êxito alcançado na primeira missão rumo à taça.

O Corinthians já é um dos quatro melhores do continente em 2012, e o caminho para a queda do tabu é curto, faltando quatro jogos.

Novamente um time brasileiro irá estragar a história, como o Palmeiras em 2000, ou desta vez o Timão está preparado para dominar a América?

Ainda é difícil dizer, mas Santos ou La U são os prováveis adversários da missão 2, penúltima antes da consagração.

Como sempre, grupo e torcida unidos por mais uma conquista histórica.


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