Foto: Google
Muito tempo o torcedor palmeirense esperou para soltar o
grito de campeão da garganta.
Ele veio, depois de 12 anos amargando tristezas e apenas um
paulista (2008), que não acabou com a espera dos palestrinos.
Novamente sob o comando de Felipão o time voltou a conquistar
um título de expressão nacional, voltou a ser Palmeiras.
O time foi classificado como apenas mais um desde o começo
da competição, como de costume nos últimos anos.
As vitórias foram vindo e entre elas a eliminação do Paulistão
para o Guarani.
A equipe se abateu, mas foi após o tropeço que começou o
pensamento de poder chegar longe.
Contra o Paraná, no sul, os paulistas conseguiram vencer por
2x1 e ganharam animo, vencendo o jogo de volta por 3x0.
Foi então que o time teve o seu acerto tático, pelas mãos de
Felipão e também por acreditar que era possível.
Na sequência da competição, parecia que estávamos falando de
uma equipe diferente, renovada e consistente dentro de campo.
A prova disso foio jogo contra o Grêmio no Olímpico, onde o
comprometimento tático rendeu a vantagem de 2 gols conquistadas em dois
contra-ataques.
Por sinal, a defesa se tornou o ponto forte da equipe, o que
não é surpresa vindo de um time de Felipão.
Nela, Thiago Heleno se tornou homem de cnfiança nos jogos
finais, ganhando moral e ainda deixando o seu companheiro de zaga, Maurício
Ramos, tranquilo para as partidas.
Outro zagueiro que teve papel fundamental foi Henrique, que
assumiu o papel de volante marcador e melhorou a proteção da zaga.
Se defensivamente o time havia encaixado, lá na frente
Mazinho surgiu como aposta e garantia as vitórias.
Na estréia o jogador passou zerado, mas no segundo jogo
marcou dois gols na goleada por 4x0 em Barueri contra o Paraná.
Depois, ainda fez um contra o Grêmio no sul e teve papel
fundamental para os gols do time.
Só que outro jogador teve este papel ainda mais claro, e
justo nos momentos mais decisivos da Copa do Brasil.
A bola parada de Marcos Assunção tem histórico de ser fatal
nas defesas, e mesmo sabendo disso ainda tem resultado quase certo.
Nas finais, o volante participou de dois dos três gols com
assistências perfeitas para Thiago Heleno e Betinho concluírem.
Assunção não foi herói, mas pode ser a referencia deste time
dentro de campo, pela experiência e vontade de alcançar a taça.
Taça que não viria sem as mãos de Bruno, pois o goleiro
assumiu o gol em momento complicado e teve ótimas atuações, que fizeram da
defesa palmeirense a menos vazada com seis gols sofridos.
Mas ainda assim, Felipão é o nome deste título.
Chamado por muitos como ultrapassado, o técnico pentacampeão
mostrou que ainda lembra como se vence a Copa do Brasil, já tendo em casa
quatro dessas taças – com Criciúma, Grêmio e o próprio Palmeiras.
Desde 2002 que Luis Felipe Scolari não se tornava campeão,
desde o Mundial com a seleção.
Mas, tendo conseguido controlar a vaidade do elenco de anos
anteriores, o resultado pode ser atingido e com méritos ao gaúcho.
E o treinador se redimiu com a torcida depois de tempos de conflito e resultados ruins.
O título na verdade foi uma redenção total, do treinador, dos jogadores e dirigentes com a torcida, que aguardou um período de desastradas administrações para conquistar este título.
Enfim, novamente o Palmeiras está no seu lugar, o de campeão.
Mesmo jogando da forma menos vistosa possível, o caneco teve
como destino a sala de troféus do Palestra Itália.
Ainda não é o acerto completo, falta ainda melhorar o elenco
e, principalmente, a parte da direção do clube.
Entretanto, o que mais precisava veio, um título, que pode
se tornar o começo de mais uma era de conquistas alviverdes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário