quinta-feira, 9 de junho de 2011

Vascão é sempre emoção!

Não há como separar o Vasco de emoção. Torcer, sofrer, se enfurecer e agradecer aos céus, esta é a rotina do torcedor cruzmaltino. Ontem as coisas não poderiam e nem seriam diferentes. Na partida de decisão da Copa do Brasil o time carioca tinha a vantagem de ter vencido em casa o Coxa por 1x0, gol de Alecsandro, mas via jogo duro e completamente aberto.





Um elenco com jogadores esquecidos em seus últimos clubes. Diego Souza, craque do Brasileirão em 2009 no Palmeiras, mas que teve seu rendimento diminuído e foi para o Galo e manteve as más apresentações. Chegou ao Vasco para se reerguer. Bernardo, cria do Cruzeiro que foi dispensada pelo time mineiro e começou de verdade sua carreira no Rio. E ele, Alecsandro, o homem gol de todos os clubes que passou, porém, maltratado na sua saída do Inter e teve seu recomeço neste ano.

Como todos sabem o inicio do ano foi ridículo, o pior de sua história. Reforços chegaram e mudaram tudo na equipe, principalmente o clima e o treinador que foi contratado, Ricardo Gomes, teve pouco tempo para por seu trabalho em pratica. Imagine então se o técnico tivesse mais tempo para aprontar a equipe? Não sofreria tanto em algumas fases da competição.

Sofrimento que era certo nessas duas decisões contra o bom time do Coritiba. Encaixado e taticamente o melhor da Copa do Brasil, além da sensação do ano até então. Na primeira partida apenas um gol, e claro que foi dele, o artilheiro, agora alvinegro, Alecsandro.


Vantagem mínima que dava a vantagem de perder por um gol de diferença e ainda ser campeão, bastava marcar um golzinho sequer lá no Couto Pereira, tarefa complicada. Não é que ele aprontou de novo? Alecsandro não quis saber em perder a partida, logo aos onze do primeiro tempo foi logo abrindo o placar e tranquilizando o time carioca.

Porém, o Coxa não se entregou e foi buscar o jogo, conseguindo chegar ao empate com Bill, aos trinta minutos. O vira-vira veio antes do intervalo, quando Davi venceu Fernando Prass e marcou o segundo dos donos da casa, mantendo as esperanças verdes de jogadores e torcedores.

A etapa complementar era certeza de mais gols e de um belo jogo, que realmente aconteceu. Começou pegado, com entradas um pouco mais duras que o normal. Atrás do gol o Coritiba deu bobeira lá atrás, deixando a defesa vulnerável e o Vasco não perdoou. Eder Luiz passou pelos dois zagueiros e arriscou o chute. Edson Bastos foi mal no lance, assim como sua zaga, e aceitou o segundo gol dos visitantes. Tudo igual novamente.


Agora faltavam mais dois gols para o Coxa, que partiu novamente pra cima dos cruzmaltinos tentando conseguir a proeza e o título. Conseguiram colocar fogo no jogo quando chegaram ao terceiro antes do meio do segundo tempo, em chute espetacular de Wiliam, entrando no ângulo do goleiro Prass.

Pressão foi a palavra chave a partir daí, fazendo Ricardo Gomes recuar o time, tirando Felipe e Diego Souza e se defendendo com Jumar e Bernardo, que iria aproveitar o contra ataque, porém não teve hesito em matar o jogo. Se defendeu como nunca o time. E também como nunca conseguiu alcançar o título da Copa do Brasil, após oito anos sem conquistas expressivas.


De time ridículo à classificado para a próxima Libertadores. Este ano é pra ficar gravado na memoria de todos os torcedores vascaínos e marcado pela volta por cima mais incrível em tão pouco tempo. Parabéns ao time alvinegro, agora o atual melhor do Brasil.

Fotos: Cleber Mendes / Felipe Gabriel 

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