domingo, 6 de novembro de 2011

Reação espetacular do tricolor, mas o baiano

Tendo ainda o ultimo suspiro na briga pelo titulo nacional, o São Paulo foi à Salvador medir forças com o Bahia, no Estádio do Pituaçú. Ainda sem vencer com o novo técnico, o jogo era importante para fortalecer a confiança da equipe, só que do outro lado o time da casa precisava da vitória para acabar com qualquer chance mínima de rebaixamento e se firmar na primeira divisão.


Sendo assim, o controle inicial e de quase todo o primeiro tempo foi do Bahia. O primeiro lance de perigo veio com Fahel, ao cabecear rente a trave esquerda do gol de Denis após boa jogada pela direta do centroavante Souza, ex-Corinthians, que chamou João Felipe pra dança e o deixou para trás. Gabriel tentou de fora e o goleiro são paulino defendeu sem problemas.

Na primeira chance de gol que teve, o tricolor paulista tirou o zero do placar, quando Wellington chapelou dois zagueiros baianos, entrando na área e chutando no canto esquerdo de Marcelo Lomba. Depois foi sair comemorando, se tornando vitima de um montinho de seus companheiros. Logo depois, Luis Fabiano teve chance clara, após linda jogada de Lucas, e, na linha da pequena área, chutou em cima de Lomba, que fez grande defesa.

Mas se os paulistas aproveitavam bem a chance que teve, o que se viu no segundo tempo foi o contrario. Em sua chance inicial na etapa complementar, os baianos igualaram o placar. Souza recebeu, marcado de novo por João Felipe. Já na área tricolor, o atacante cortou para dentro e chutou rasteiro, sem chances para Denis. Oitavo gol do artilheiro da equipe no brasileiro.

Com gol e assistência, Souza foi essencial
na reação do Bahia

Se o alvo era o título, algo inesperado era o que o São Paulo precisava para sair do Pituaçú com uma vitória. E a equipe foi atrás disso. Primeiro Lucas, com um belo canudo de fora da área colocou de novo o time na frente. Para fechar a conta, Cícero chutou no pé da trave esquerda e a bola morreu na rede lateral da trave direita. 3x1 e parecia tudo encaminhado.

Porém, como todos sabemos, lógica é algo que não podemos aplicar no futebol. Ela até dá suas caras às vezes, mas nesse jogo não foi o caso. Perdendo por 3x1 aos 14 minutos do segundo tempo era muito para um time na décima quinta colocação no campeonato. Só que não foi. Nicão fugiu pela esquerda, cruzou e Lulinha, outro ex-Corinthians, empurrou para o gol, iniciando a reação inesperada do time da casa. Mas não era papel do São Paulo fazer algo inesperado? Enfim, vamos continuar com os outros gols...

Se na primeira chance do jogo Souza cruzou e Fahel perdeu, no segundo tempo o lance se repetiu, entretanto, o desfecho foi diferente. Da ponta esquerda, o camisa nove mandou chuveirinho na pequena área, onde Fahel desviou bem para empatar novamente a partida. O 3x3 deu ânimo para o Bahia tentar a vitória.

Na noite dos ex-Corinthianos, Lulinha
não ficou fora e anotou o seu gol

Tentou tanto que ela veio. Outra vez, Nicão surgiu na esquerda, mandou cruzamento rasteiro para Souza. Mas aí sim algo não esperado aconteceu. Luiz Eduardo foi tentar cortar, porém mandou contra a própria meta e consagrou o time tricolor baiano.

A virada espetacular mostrou a fraqueza emocional do São Paulo, que não soube manter uma vantagem de dois gols sobre o adversário. E pior, o cansaço de alguns atletas também ficou evidente, tanto que o Bahia fez a festa quando quis e além dela três gols. Titulo nacional para os paulistas? Agora só para o Corinthians. O São Paulo terá que esperar outro ano para ganhar o sétimo caneco.


Fotos: Rubens Chiri / Gazeta Press

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