Já sabendo o adversário da final, o Barcelona encarou o Al Sadd pelas semifinais do Mundial de clubes da FIFA. Favorito em qualquer jogo atualmente, a equipe espanhola jogou mal pelo que pode, até porque poupou alguns titulares por conta da série de jogos que enfrenta. A vitória veio graças a gols de brasileiros, mas Villa virou desfalque certo e Sanchez dúvida para a domingo, contra o Santos.
O Barça sentiu a ausência de Busquets, pois seu substituto, Abidal, não tinha a mesma qualidade na saída de bola e acabava comprometendo a famosa troca de passes do time espanhol. Apesar disso, as chances vinham e o catalão rondava a área adversária.
Foram pouco mais de 30 minutos com o Al Sadd segurando o melhor do mundo, mas uma falha defensiva comprometeu o resultado. Bola levantada por Pedro pela esquerda, o defensor dominou e esperou a chegada do goleiro para isolar a redondo. Só que fazer o fácil é para os fracos, assim pensou Mohamed Saqer. O goleiro ficou em dúvida se poderia pegar com a mão e quando foi dar um bico o lateral brasileiro Adriano já estava na sua frente e mandou para as redes.
Incrível ver que mesmo nervoso o Barça dominava da forma que queria e o gol do lateral tranquilizou a atuação da equipe. Tudo seguia o mesmo, os espanhóis com enorme vantagem na posse de bola (cerca de 70%) e o goleiro do time árabe fazendo suas peripécias. Em chute de fora, o arqueiro contou com o impedimento de Villa, pois havia defendido e mandado nos pés do atacante do Barcelona.
Se o Al Sadd teve seus ‘bons momentos’ segurando o 0x0 no placar, agora já estava meio caminho desandado. Liderado por um goleiro espetacular, o time sofria mais com ele do que com o Barça, que ainda estava em ritmo lento. Faltava ser mais incisivo, algo que Adriano conseguiu ser pouco depois, ao chegar na entrada da área e chutar cruzado. A bola ainda passou debaixo do grande goleiro do Al Sadd antes de morrer no fundo do gol.
Perto do final do primeiro tempo, Villa sentiu o tornozelo em disputa na grande área e foi substituído por Alexis Sanchez. Já durante o jogo, a informação da lesão do jogador chegou à imprensa, que dizia sobre uma possível fratura na tíbia.
A etapa final começou mais xoxo, com o Barcelona administrando o placar, o que não seria diferente, mas com menor intensidade. Foram 15 minutos sem muitos lances e o primeiro cartão amarelo saiu aos catorze, em falta sobre Iniesta. Na cobrança, Messi fez o goleirão trabalhar. O mais incrível foi que ele conseguiu defender, apesar de tudo, mandando para escanteio. Mas no lance seguinte não deu. Passe de Messi e Keita saiu na cara do gol, só dando um toquinho para o terceiro gol.
Após isso o ritmo do jogo ficou ainda lento, já com a classificação assegurada. Sanchez, que havia entrado, deixou o campo, sentindo lesão muscular, dando lugar a Cuenca. Neste momento Abidal já estava no banco e Maxwell trocando passes. E foi dele o quarto gol do time espanhol, quando invadiu pela esquerda e chutou forte, contando com a ajuda do goleiro para marcar.
Ainda deu tempo para o Al Sadd soltar algumas botinadas, sendo Puyol e Mascherano as principais vítimas, que, a princípio, nada de mais grave foi detectado. Fora isso, tudo seguiu igual e o Barcelona avançou para a final, igualando a maior goleada do Mundial interclubes, também do Barça, mas em 2006 contra o América do México.
A decisão acontece neste domingo, 8:30 da manhã, entre Santos e Barcelona na cidade de Yokohama. Após 48 anos o time brasileiro disputa uma final de mundial e o Barça luta pelo segundo título na competição, tendo vencido em 2009 e desperdiçado a chance contra o Internacional em 2006. Resta agora aguardar alguns dias para vermos o tão esperado jogo entre Messi e Neymar. O Santos tem chance?
Foto: Reuers / Gazetaesportiva.com
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