sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Novamente, eliminado


Uma sina ronda os cantos do CT do Palmeiras. Na fase brasileira da Copa Sul-Americana o time tem tido problemas para seguir na competição. No ano passado, foi derrotado fora de casa pelo Vitória por 2x0 e este placar se repetiu nesta temporada, também fora de casa, mas contra o Vasco. Se na outra oportunidade o time verde reverteu o prejuízo, desta vez a missão era a mesma, porém, contra um adversário mais forte e perigoso.


No jogo de ida o time paulista não teve uma boa apresentação, tomando um gol sem querer de Diego Souza e, quando partiu para cima, levou o segundo golpe no final da partida. Para reverter esta adversidade os jogadores teriam que se inspirar na virada do ano passado, quando venceram por 3x0 o rubro-negro baiano no Pacaembu, mesmo palco do duelo de ontem.

Sem Dinei, com Maikon Leite titular e Kleber em jejum de gols, a tarefa poderia ser ainda mais complicada. Apesar disso, o camisa 25 estava inspirado, principalmente pelo vazamento da sua ficha de sócio da Gaviões da Fiel, principal rival do Palmeiras. Querendo mostrar que este era um fato do passado, Kleber se empenhava ainda mais do que normalmente. E criou a primeira chance, quando chutou de fora da área e Fernando Prass mandou para escanteio, mas a zaga tirou para a lateral.

Porém, outro atacante estava acordado no jogo e ateou fogo na torcida palestrina. Valdívia, que esteve bem nesta noite, chutou de fora da área, Prass não conteve o chute e deu rebote. Luan estava livre na esquerda, manteve a corrida e chutou alto para abrir o placar do jogo.


A nova terceira camisa da equipe parecia ter dado novos ânimos ao time. O manto em homenagem a equipe da década de 90 relembra a força que tinha nos gramados na época, além dos títulos conquistados. O time estava rendendo em campo, criando boas chances ofensivas e contendo o Vasco, que tinha dificuldades na marcação. Era tipicamente o que acontecia naquele tempo da Parmalat.

Marcos Assunção fazia de tudo para desequilibrar o jogo. Em cobrança de falta encontrou o zagueiro Henrique na área, que mandou a bola um palmo acima do travessão. Na outra chance, o volante alviverde mandou direto para o gol, mas o goleiro vascaíno se saiu bem, resvalou na redonda e evitou o segundo tento palmeirense.

Antes do fim da etapa inicial outro jogador fez a diferença para o Palmeiras. Não, ainda não era o gol que forçaria os pênaltis, porém, um movimento que mantinha o time da casa no jogo. Elton, atacante do Vasco, recebeu passe de Diego Souza na entrada da área e mandou um chute forte cruzado, no alto do gol de Marcos. Era um chute indefensável para qualquer goleiro. Entretanto, estamos falando do Santo do Palestra Itália, que se desdobrou todo e, com as pontas dos dedos, mudou a rota do chute para escanteio.


Melhor em campo, criando mais perigo e ainda evitando as ofensivas adversárias, o Palmeiras parecia caminhar rumo a outro resultado improvável, como na temporada anterior. O fim do primeiro tempo veio e com ele Felipão soube animar ainda mais seus jogadores.

Voltando para o gramado, o time seguiu pressionando o visitante até conseguir igualar o resultado agregado. Luan recebeu na esquerda, foi ao fundo e cruzou para trás, no meio da área. Kleber chegada de frente e mandou a bola no canto, sem chances para Prass. O placar mostrava 2x0, o que mandava a partida para as penalidades.

Se as coisas estavam difíceis para o alvinegro, o jeito foi apostar num jogador que dá medo à torcida palmeirense. Jumar, ex-volante do time, ganhou até musica da torcida verde quando passou por aqui, mas não com a melhor mensagem possível. O ‘amedrontador’ camisa 18 recebeu na intermediária do campo de ataque vascaíno, adiantou a bola e arriscou. Um efeito sem igual tomou conta da bola, que saiu da direção do canto direito do gol e terminou no ângulo do lado esquerdo. Gol inacreditável, tanto para Jumar quanto para a torcida da casa.


Ainda acreditando na reviravolta, o time verde seguiu atacando, sem tanta precisão, e sim vontade. Apesar de tentar tanto, o Palmeiras só conseguiu fazer um gol aos 48 da etapa final, quando Assunção cobrou falta no canto de Prass, em chute fortíssimo colocado. Mesmo fazendo este gol, o time não obteve força necessária para conseguir os dois para se classificar.

Mais uma vez o Palmeiras fica no meio do caminho em uma competição de mata-mata com Felipão. Azar, falta de regularidade ou qualquer outro fator impede que o time consiga se sobressair em torneios desta forma. Enquanto que o Vasco fez o correto, se defendeu e atacou quando precisou. Na próxima fase encara ou Aurora (Bol) ou Nacional (Par), que ainda irão se encarar.


Fotos: Eduardo Viana / Ari Ferreira

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