terça-feira, 23 de agosto de 2011

Por que poucos gols?

Em qualquer mesa redonda de rádio, TV aberta, paga ou até mesmo nas velhas rodinhas de bar, o principal assunto do futebol é a falta de bons atacantes. Aproveitando a deixa de tantas discussões referentes à ausência de centroavantes nos times do brasileirão, resolvi então ver a média de gols deste campeonato até então.

Fazendo as contas foram 180 jogos e 468 gols marcados, com dois jogos a menos (Grêmio x Santos e Santos x Fluminense). A média encontrada foi de 2,6 gols por jogo, a segunda menor desde 1995, sendo a do ano passado a menor (2,45 por partida).


Vamos então para a lista dos autores do gol final de cada centena:

Gol 100 – Neto Berola, no jogo Bahia 1x1 Atlético-MG.
Gol 200 – Marcelo Nicácio, na partida Ceará 3x0 Atlético-MG.
Gol 300 – Também Marcelo Nicário, contra o Atlético-PR, quando o Ceará venceu em casa por 2x1.
Gol 400 – Paulinho, do Corinthians, no empate em 2x2 no Pacaembu com o Ceará.

Nesta lista podemos destacar que sem Atlético-MG ou Ceará não acontece este gol final, pelo menos foi o que aconteceu até aqui.

Voltando ao assunto principal, realmente existe esta estiagem de atacantes no brasileirão? Para responder isso vamos ver a lista e artilheiros. Em primeiro Ronaldinho Gaúcho e Borges, com 10 gols, seguidos por Deivid, Leandro Damião e Montillo, com oito. Dos cinco primeiros colocados, dois são meias e três atacantes.

Agora, olhando no geral, quem são os artilheiros de cada time:


Corinthians – Liédson (atacante): 6 gols
Flamengo – Ronaldinho (meia): 10 gols
São Paulo – Lucas (meia): 5 gols
Vasco – Bernardo (meia): 5 gols
Botafogo – Elkeson (meia) 7 gols
Palmeiras – Luan (atacante): 5 gols
Internacional – Leandro Damião (atacante): 8 gols
Figueirense – Aloísio (atacante): 3 gols
Fluminense – Rafael Moura (atacante): 7 gols
Coritiba – Bill (atacante): 6 gols
Cruzeiro – Montillo (meia): 8 gols
Atlético-GO – Anselmo (atacante): 6 gols
Ceará – Marcelo Nicácio (atacante): 5 gols
Bahia – Jóbson (atacante): 6 gols
Santos – Borges (atacante): 10 gols
Grêmio – Douglas (meia): 2 gols
Atlético-PR – Cleber Santana (meia): 3 gols
Atlético-MG – Magno Alves (atacante): 4 gols
Avaí – William (atacante): 5 gols
América-MG – Alessandro (atacante): 7 gols

Podemos analisar que onde os meias são artilheiros os times tem maior qualidade técnica, com a exceção de Grêmio e Atlético-PR, onde o conjunto é a maior qualidade (pelo menos deveria ser). No caso dos atacantes, a maioria é referência em seus times, sobrando para eles a obrigação de fazer gols e, na maioria, caso este não consiga, dificilmente o time consegue sair do zero, caso do Figueirense, Avaí ou América-MG.

Realmente o centroavante clássico, durão e com faro de gol está em falta. Ainda temos alguns no nosso mercado, entretanto, comparado com a quantidade que existiam antigamente, estamos em seca das bravas. Evair, Oséias, Romário, Chulapa e muitos outros teriam vaga e sucesso garantido em muitos times do Brasil.


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