Foto: Reuters
O Brasil de fato perdeu para a Argentina, fez três gols e
levou um a mais, conta fácil e mais uma derrota na conta.
Mas a superioridade do time Hermano neste jogo fica apenas
na parte dos números no placar, pelo menos vendo o efeito futuro.
Messi foi o nome do jogo, mas não o destaque ao longo da partida por não ter mantido certa constância, aparecendo nos momentos certos.
Pelo contrário, o Brasil teve domínio do jogo mesmo com toda
a garotada, que fez Mano enfim acertar o esquema de sua equipe.
O primeiro tempo foi praticamente todo amarelo, com muitas
chances desperdiçadas e uma feita, no gol de Rômulo.
Só que o melhor do mundo estava em campo e contou com a inexperiência
da jovem defesa para virar a partida em duas arrancadas.
Normal o destaque de Messi. Anormal foi o sistema defensivo –
mesmo levando tantos gols – aguentar tão bem o time argentino, superior em
entrosamento e experiência.
Como já dito no último texto sobre a seleção, os garotos
deixaram o time mais maduro, mas a falta de vivência ainda gera alguns erros
como os dos primeiros gols.
A mudança de Neymar para o meio-campo foi o melhor do dia,
pois deu ainda mais criatividade ao setor, que já conta com o promissor – na
carreira e com a 10 da seleção – Oscar.
As laterais tiveram papel fundamental, com o melhor apoio do
lado direito do que contra o México, isso pela entrada de Rafael no lugar de
Danilo.
Marcelo seguiu bem ajudando o ataque, errando apenas no
final da partida quando revidou o descontrole de Lavezzi e ambos foram pro
vestiário pouco antes do final.
Esse foi o único momento a ser desconsiderado do jogo.
A virada com Hulk e Oscar mostrou poder de reação ao time
que se abateu com os lances sempre surpreendentes de Messi.
O empate de Fernandéz veio após escanteio, aproveitando espaço
deixado pelos marcadores. Outro vacilo da zaga, que precisa melhorar para as
Olimpíadas.
De certo Thiago Silva será um dos titulares, porém seu
companheiro – Juan ou Bruno Uvini – deve ter atenção e as bobeiras de hoje podem comprometer uma futura
medalha.
Para completar devemos tirar toda a culpa do último gol e
dar creditos apenas à genialidade de Messi.
O 10 Hermano fez o que transformou em algo simples para
marcar pela 2ª vez três gols com a Argentina em um jogo, justo contra o Brasil.
A derrota, ao contrario do que disse Alexandre Pato, deve
ser lembrada, pois o time mostrou igualdade contra um adversário forte e de
esquema consistente.
Não é à toa que a Argentina lidera as eliminatórias da Copa,
eles tem jogadores de alto nível e com peças importantes no banco para mudar o
esquema.
E era isso que faltava ao nosso time: um esquema que
conseguisse aliar a técnica dos grandes jogadores que temos com resultado e
desempenho esperado por todos.
Não nos faltam opções para qualquer que seja o setor, talvez
a lateral esquerda não tenha um reserva, mas o dono da posição “apaga” este
problema.
O que vemos em campo foi o progresso dos dias de treinamento
que Mano Menezes teve, onde o treinador pode melhorar cada posição e com isso
todo o time.
Agora temos consistência, um esquema sólido e que mostrou
ser eficaz, mesmo com algumas mudanças e, até que seja amadurecido, terá suas
falhas como contra o México.
Chegamos mais fortes para as Olimpíadas com o upgrade feito
nessa excursão pelos Estados Unidos.
Só que não é a mudança de tudo, mais uma vez a palavra é
paciência para esse time se encaixar completamente.
Além disso, é preciso que esses jogadores vejam poder no
conjunto e consigam se sentir capaz de alcançar os objetivos.
Por sinal, objetivos que são bem altos
para serem cobrados de jovens jogadores profissionais.
Eu assisti o jogo e, apesar da derrota e dos cartões vermelhos no final do jogo, gostei do que vi.
ResponderExcluirTambém acho que não é momento para criticar a seleção brasileira, a partida até que foi bem equilibrada e serviu para os jovens do time ganharem experiência.