O Corinthians começou melhor, tendo a iniciativa do jogo. Apesar
do comando no ataque, faltava a criação da equipe funcionar. Sem Alex no meio
campo, Jorge Henrique não conseguiu ter a mesma atuação de domingo no clássico,
sobrecarregando assim Danilo, que também não estava em dia inspirado, mesmo
tendo acertado o travessão após cobrança de falta.
No primeiro ataque do time da casa, gol. A velha frase “quem
não faz, leva” é extremamente batida, porém completamente real. Depois de
cobrança de lateral para a área, o desvio do atacante venezuelano encontrou a
interceptação de Chicão. Mas, o zagueiro não contava com outro atacante, que desviou
a bola e aproveitou a saída precipitada de Julio Cesar para abrir o placar do
jogo.
O gol fez a equipe brasileira sentir o baque. Não foi igual
contra o Tolima, no ano passado, entretanto, a vantagem que tinha no campo do
adversário foi diminuindo aos poucos. O mesmo se via na segunda etapa. Fábio
Santos até teve boa chance de fora da área no início, mas a equipe não tinha
momentos de grande perigo levado ao gol de Rivas.
Emerson não teve boa atuação e foi
substituído durante a partida
substituído durante a partida
Perto dos vinte minutos, um susto. O segundo gol do Táchira
veio, para o desespero de Julio Cesar. Para acalmar o coração dos alvinegros, o
jogador estava impedido e o bandeira assinalou corretamente, recolocando o
Corinthians no jogo. Aos 23 minutos, Leandro Castán chegou cara a cara com o
goleiro, que saiu bem e fez a defesa e manteve o empate.
O Deportivo esperava matar o jogo nos contra-ataques, mas
sofria com os impedimentos corretamente marcados pelo bandeira. Com o
Corinthians buscando jogo, as faltas começaram a aparecer. Alex entrou no jogo,
assim como William, melhorando a criação, que buscava Élton, substituto de
Liédson, na área.
Com o final do jogo chegando, o time começou a apelar. Alex
arriscava a todo custo chutes de fora da área, não conseguindo nada além de um
escanteio e uma bola isolada. A outra tática foi o chuveirinho na grande área, tentado
com total ineficiência, também por conta da defesa do Táchira que se posicionou
toda na zaga, garantindo os primeiros três pontos da equipe na competição.
Opa espera ai, garantindo os três pontos? Na verdade, não
foi assim. Outra frase muito usada que cabe bem é “O jogo só acaba quando
termina”. Este clichê veio à tona graças a Ralf e Alex. Em cobrança de falta,
no último minuto do jogo, o meio campista levantou na área, torcendo, assim
como toda a torcida alvinegra, para se tornar uma assistência. Quem concretizou
a vontade do companheiro e dos torcedores foi Ralf, ao se antecipar ao zagueiro
e cabecear no canto esquerdo do gol e empatando a partida.
O erro corintiano no jogo foi deixar a criação
sobrecarregada com Danilo, que não teve mesmo rendimento do jogo contra o São
Paulo, assim como Jorge Henrique. O Deportivo Táchira fez jogo tradicional de
Libertadores, prezando a defesa e se aproveitando do contra-ataque, o que o
Corinthians não soube fazer, contando com um lance de sorte para empatar o
jogo. O próximo jogo do Corinthians na competição Sul-Americana é dia 7 de
março, contra o Nacional-PAR, no Pacaembu.
Foto: Reuters / AFP
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