quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ralf salva Corinthians de derrota no último minuto

Mais uma estréia de Libertadores para o Corinthians, a décima de sua história. Contra o Deportivo Táchira, na Venezuela, a arma do Corinthians era ir para cima, enfrentando o contra-ataque rápido do adversário. O jogo foi da pior forma para o corintiano até o final, com o time sem criatividade e ainda perdendo por 1x0. Mas, no último lance, Ralf deixou tudo igual e amenizou a má atuação da equipe.


O Corinthians começou melhor, tendo a iniciativa do jogo. Apesar do comando no ataque, faltava a criação da equipe funcionar. Sem Alex no meio campo, Jorge Henrique não conseguiu ter a mesma atuação de domingo no clássico, sobrecarregando assim Danilo, que também não estava em dia inspirado, mesmo tendo acertado o travessão após cobrança de falta.

No primeiro ataque do time da casa, gol. A velha frase “quem não faz, leva” é extremamente batida, porém completamente real. Depois de cobrança de lateral para a área, o desvio do atacante venezuelano encontrou a interceptação de Chicão. Mas, o zagueiro não contava com outro atacante, que desviou a bola e aproveitou a saída precipitada de Julio Cesar para abrir o placar do jogo.

O gol fez a equipe brasileira sentir o baque. Não foi igual contra o Tolima, no ano passado, entretanto, a vantagem que tinha no campo do adversário foi diminuindo aos poucos. O mesmo se via na segunda etapa. Fábio Santos até teve boa chance de fora da área no início, mas a equipe não tinha momentos de grande perigo levado ao gol de Rivas.

Emerson não teve boa atuação e foi
substituído durante a partida

Perto dos vinte minutos, um susto. O segundo gol do Táchira veio, para o desespero de Julio Cesar. Para acalmar o coração dos alvinegros, o jogador estava impedido e o bandeira assinalou corretamente, recolocando o Corinthians no jogo. Aos 23 minutos, Leandro Castán chegou cara a cara com o goleiro, que saiu bem e fez a defesa e manteve o empate.

O Deportivo esperava matar o jogo nos contra-ataques, mas sofria com os impedimentos corretamente marcados pelo bandeira. Com o Corinthians buscando jogo, as faltas começaram a aparecer. Alex entrou no jogo, assim como William, melhorando a criação, que buscava Élton, substituto de Liédson, na área.

Com o final do jogo chegando, o time começou a apelar. Alex arriscava a todo custo chutes de fora da área, não conseguindo nada além de um escanteio e uma bola isolada. A outra tática foi o chuveirinho na grande área, tentado com total ineficiência, também por conta da defesa do Táchira que se posicionou toda na zaga, garantindo os primeiros três pontos da equipe na competição.


Opa espera ai, garantindo os três pontos? Na verdade, não foi assim. Outra frase muito usada que cabe bem é “O jogo só acaba quando termina”. Este clichê veio à tona graças a Ralf e Alex. Em cobrança de falta, no último minuto do jogo, o meio campista levantou na área, torcendo, assim como toda a torcida alvinegra, para se tornar uma assistência. Quem concretizou a vontade do companheiro e dos torcedores foi Ralf, ao se antecipar ao zagueiro e cabecear no canto esquerdo do gol e empatando a partida.

O erro corintiano no jogo foi deixar a criação sobrecarregada com Danilo, que não teve mesmo rendimento do jogo contra o São Paulo, assim como Jorge Henrique. O Deportivo Táchira fez jogo tradicional de Libertadores, prezando a defesa e se aproveitando do contra-ataque, o que o Corinthians não soube fazer, contando com um lance de sorte para empatar o jogo. O próximo jogo do Corinthians na competição Sul-Americana é dia 7 de março, contra o Nacional-PAR, no Pacaembu.

Foto: Reuters / AFP

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