quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Vazamento de gás deixa centro de São Paulo deserto

Por: Luís Adorno e Arthur Stabile

Por volta das 17h30 desta quinta-feira (16), parte do centro de São Paulo teve de ser esvaziado às pressas. Lembrando, em repercussão e dimensão muito menores, a Chernobyl, as ruas 7 de Abril e Conselheiro Crispiniano, ficaram isoladas e obrigaram a todos os que ali estavam a saírem do local. Um vazamento na tubulação externa de gás domiciliar na Rua Conselheiro Crispiniano foi a causa do tumulto.
De acordo com o capitão do corpo de bombeiros Eduardo Bricing, “o problema ocorreu num duto (respiro) ao lado do orelhão e banca de jornal, altura nº 194 da Conselheiro Crispiniano”, disse. Ao todo, foram seis caminhões da corporação, mais acompanhamento da ComGás e Eletropaulo.

Foto: Luís Adorno
O ocorrido – Os bombeiros foram acionados por volta da 17h30 e logo isolaram o local por conta do risco de inalação do gás ou de faíscas, que poderiam gerar uma explosão. Pouco depois, às 18h, a área isolada foi ampliada entre o metrô Anhangabaú e a rua Marconi, região próxima do viaduto do Chá e do Teatro Municipal.
Para auxiliar nos trabalhos e evitar consequências de grandes proporções, foram acionadas a Defesa Civil e a ComGás, a fim de cortar o fornecimento de gás na região. Além das duas empresas, a Eletropaulo também foi acionada caso fosse necessário o corte da energia, o que foi descartado após a atuação dos bombeiros.
Vários estabelecimentos foram isolados e prédios evacuados, entre eles o Bar Café Crispiliano, que está localizado na esquina entre as duas principais ruas afetadas. Renato Gouveia, gerente do estabelecimento, disse que os bombeiros exigiram que ele fechasse as portas o mais rápido possível. “Disseram que havia o risco de explosão, então fomos obrigados a fechar”, disse. “O prejuízo é muito grande. Recebemos muitas pessoas para o happy hour após o expediente. Funcionamos até 1h”, lamentou.

Trabalhadores da região tiveram que sair as pressas de seus serviços 
Foto: Luís Adorno
Segundo Bricing, o gás que vazou da tubulação seria seco e conhecido como Metano, de grau H1, o que representa o gás mais leve e menos inflamável do que os demais gases numa escala de um a quatro. Ainda de acordo com o capitão, “por ser mais leve, sua dissipação e espaço de tempo até chegar à atmosfera é mais curto, o que facilitou a liberação rápida do local”, afirmou.

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