quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sem Danilo e Ralf, Alex e Moradei são os substitutos

No último jogo do Corinthians, o técnico Tite perdeu dois jogadores para a partida que pode dar o título para o alvinegro, contra o Palmeiras. Na partida contra o Figueirense, vencido por 1x0, Ralf e Danilo estavam pendurados e acabaram levando o terceiro amarelo, desfalcando a equipe. No treinamento desta quarta, Alex e Moradei foram confirmados por Tite no time titular.


A duvida do treinador era se Alex teria condições de atuar todo o jogo, pois ainda sofre com dores. Moradei disputava a posição com Bruno Octávio e acabou sendo o escolhido. A equipe titular do treinamento desta manha contou com os seguintes jogadores: Fábio Santos, Leandro Castán, Wallace (Chicão) e Alessandro; Moradei, Paulinho e Alex; Willian, Jorge Henrique e Taubaté.

Não se preocupem, nesta manhã os goleiros foram poupados, assim como Liédson e Paulo André, jogadores com grande desgaste físico. Jorge Henrique é outro que pode aparecer em campo no domingo. Emerson Sheik será julgado nesta quinta por entrada em jogo contra o Avaí e o camisa vinte e três pode substituí-lo.


Foto: Miguel Schincariol

Will Eisner é alvo de exposição em São Paulo

O Centro Cultural São Paulo abriga a exposição “O espírito vido de Will Eisner”, que faz parte das comemorações dos 20 anos da gibiteca Henfil e homenageia o quadrinista americano Will Eisner, autor de clássicos dos quadrinhos, como “The Spirit”.

O objetivos dos idealizadores é apresentar ao público os principais trabalhos do desenhista norte-americano. A mostra apresenta 106 obras originais, com direito a uma estátua de bronze do seu personagem mais famoso, o Spirit.


José Augusto Ribeiro, curador de artes visuais do centro cultural, declarou que a exposição tenta mostrar o valor que Eisner atribuiu aos roteiros dos quadrinhos, sendo um dos dados mais importantes deste autor. Ainda declarou que os quadrinhos de Will são muitos atrelados à vida cotidiana, não tendo tanto a ideia de super-herói, com personagens extremamente humanos.

A exposição acontece na Rua Vergueiro, número 100, e segue em cartaz até o dia 18 de dezembro, com entrada gratuita.


Foto: Arthur Stabile


Londrinos eliminados da Copa da Liga inglesa

Dois clássicos disputados ontem na Inglaterra definiram dois classificados das semifinais da Copa da Liga Inglesa. O Manchester City visitou o Arsenal e despachou os Gunners. Enquanto isso, dentro de casa o Chelsea viu o Liverpool de Bellamy seguir na competição.


A próxima fase da Copa acontece apenas em janeiro de 2012. Liverpool e City não se enfrentarão e esperam a decisão dos seus adversários. Cardiff City é o outro classificado, e o Manchester United é o favorito à última vaga.


Os Jogos

Arsenal 0x1 Manchester City – Apesar de ter perdido boa parte de seu elenco, inclusive para o adversário desta terça, o Arsenal dificultou a vida do time azul e branco. Nasri enfrentou seu ex-time, mas não teve grande atuação. A vitória do visitante dependeu da sua maior contratação do ano, o argentino Agüero, que recebeu na área e fez o gol da classificação.


Chelsea 0x2 Liverpool – O dono deste jogo foi Bellamy. O meio-campista galês somou duas assistências na partida. A primeira terminou no gol de Maxi Rodrigues, em contra ataque, e Kelly, após cobrança de falta alçada na área, marcou o segundo. Antes disso, o atacante Carroll cobrou mal uma penalidade, defendida por Turnbull.


Fotos: AP Photo / Reuters

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Psol anuncia pré-candidatura de Milton Bueno à prefeitura de Poá

No último domingo, 27, o Psol (Partido Socialismo e Liberdade) promoveu a oficialização da escolha do professor Milton Bueno como pré-candidato para as disputas ao cargo de prefeito de Poá. O ato aconteceu no V8 Rock Bar, localizado no bairro de Calmon Viana, e contou com a presença do Deputado Federal do Psol por São Paulo, Ivan Valente.


Em seu discurso, Milton declarou: “Nós não estamos aqui para discutir a verdade absoluta, até porque a verdade absoluta que hoje impera na sociedade é a verdade dos grandes meios de comunicação como o Ivan (Valente) colocou. É o senso comum que nós vamos ter que lutar contra. Nós vamos ter que discutir outro tipo de verdade para que possamos construir um projeto alternativo na cidade de Poá”.

Milton tem histórico público na cidade, já ocupando o cargo de vereador por três vezes pelo PT (Partido dos Trabalhadores). Recentemente, o pré-candidato trocou o antigo partido pelo Psol, por questões ideológicas, mantendo sua posição de esquerda.


Foto: Arthur Stabile


domingo, 27 de novembro de 2011

Campeão por dois minutos

As chances do Corinthians levar a taça neste final de semana eram boas. Era necessária uma pequena combinação de resultados. Caso conseguisse a vitória sobre o Figueirense no Orlando Scarpeli, teria que torcer para o Vasco apenas empatar ou perder para o Fluminense no clássico carioca da rodada, algo normal de acontecer. A vitória veio, mas o Vascão superou o rival tricolor e adiou a decisão do título para a última rodada.

Jogadores do Corinthians e jornalistas acompanhando
o final da partida entre Fluminense e Vasco

O time paulista sofreu para superar o figueira, conseguindo o gol da vitória com Liédson, tranquilizando a equipe. Naquele instante, o clássico carioca estava empatado, o que tornaria o Corinthians o dono do título. Porém, o gol salvador de Bernardo, aos 45 da etapa final, acabou com a alegria alvinegra. A taça conhecerá seu dono na rodada final, quando o Vasco encara o Flamengo e o Corinthians mede forças com o arquirrival Palmeiras.



O jogo

Jogando com sua camisa branca, o Corinthians teve dificuldades para se encontrar na partida. Mesmo atuando contra o líder, jogar em casa fortaleceu o anfitrião, comandado por Jorginho, ex-assistente técnico de Dunga. Em cobrança de falta veio o primeiro lance de perigo, quando Júlio Cesar, atacante do Figueira, cobrou direto para o gol e acertou na trave. Na sequencia do lance, uma falta feita pelo zagueiro Roger acabou com o perigo.

A partir daí o visitante conseguiu amenizar tanta vontade do adversário, equilibrando o jogo e mantendo o placar imóvel. Na segunda etapa, Alex bateu falta na cabeça de Leandro Castán, que desviou e a bola passou próxima a trave do goleiro Wilson. Para compensar, Wellington Nem deu o troco, em chute de fora da área, que acertou a rede pelo lado de fora, acendendo a torcida da casa.

Porém, um artilheiro de camisa nove estava no gramado. Alex foi o nome do lance. O meia pegou a bola e seguiu com ela até invadir a área, ameaçou o toque duas vezes, deixando todos os marcadores sem saber o que fazer. Com isso, Liédson ficou livre na pequena área. Aí ficou fácil. O dono da camisa doze alvinegra mandou cruzamento na testa do ‘levinho’, que cabeceou para o fundo das redes e para garantir a vitória foda de casa.


Alex ainda teve chance de fazer o segundo, em outra cobrança de falta, desta vez mandando uma bomba, que passou por cima. Mas o Figueirense teve duas chances para empatar. No primeiro, após escanteio da esquerda, Wellington Nem soltou o pé e Jorge Henrique se jogou que nem louco para acabar com o risco de sofrer o gol. Já o segundo veio após cruzamento de Aloísio, quando o goleiro Julio Cesar, o zagueiro Castán e Wellington Nem passaram vazados pela bola, que morreu na linha de fundo.


Fotos: Marcos Robolli / Fernando Dantas

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Andrés Sanchez assumirá cargo na CBF em 2012

Antes mesmo de sair do comando do Corinthians, o dirigente Andrés Sanchez já está com seu futuro profissional garantido. Tendo que deixar o clube no final desta temporada, o atual presidente alvinegro recebeu convite em reunião com Ricardo Teixeira para assumir o posto de Diretor de Seleções da CBF na próxima temporada.



Sob sua responsabilidade, Andrés terá a seleção principal, feminina e masculina, e também as categorias de base. Em relação à futura posição, ele declarou: “É uma responsabilidade de maior importância do que ser presidente de um clube. Também uma grande tarefa, tendo em vista a proximidade das competições que teremos pela frente, principalmente a Copa do Mundo”.

A decisão de nomear Sanchez para o cargo foi total de Ricardo Teixeira. O anúncio oficial no site da CBF sobre o assunto confirma que Teixeira definiu nesta última quinta-feira quem ocuparia o cargo, selando o convite com um telefonema para o atual presidente do time alvinegro.


Foto: Divulgação / CBF

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Benfica surpreende e complica vida dos Red Devils

Buscando garantir a classificação para a próxima fase da Liga dos Campeões, o Manchester United recebeu o líder do grupo Benfica, no Old Trafford. Após empatarem em 2x2, ambos poderiam estar classificados, porém, a vitória do Basel sobre o Otelul Galati deixou em aberto a segunda vaga do Grupo.


Conquistando o ponto fora de casa, o Benfica alcançou nove pontos, os mesmo do Manchester. Mas, por conta do confronto direto (quando empataram com o time de Ferguson em Portugal, por 1x1, e fez mais gols fora de casa no empate de ontem) assumem a liderança e confirmam passagem para as oitavas-de-final.

Na última e decisiva rodada, o United irá enfrentar o rival direto pela vaga fora de casa. No próximo dia 7, Basel e Manchester jogam a classificação no estádio St. Jakob-Park, na Suíça. Quem vencer avança na competição, enquanto que o perdedor fica com uma vaga na Liga Europa. Neste mesmo dia, o Benfica recebe no Estádio da Luz o Otelul Galati, que apenas cumpre tabela, já estando eliminado.


O jogo

Sem poder contar com Rooney, que sentiu dores após o ultimo jogo no campeonato inglês, a obrigação de concluir as jogadas foi transferida para Berbatov, artilheiro do ultimo campeonato nacional vencido pelo United. Porém, não foi ele quem balançou as redes primeiro.

O gol foi concluído por um jogador do Manchester, mas não da maneira que queria. Aos três minutos Gaitán invadiu a área pela direita cortou para dentro e cruzou forte no segundo pau. Antes da redonda encontrar o atacante do Benfica, o defensor Jones tentou afastar o perigo, conseguindo apenas encostar na bola e direcionando rumo sua meta.  0x1 Benfica e o desespero começava a tomar conta dos vermelhos da casa.


Demorou só que o empate chegou. Em cobrança de falta ensaiada, Nani recebeu na ponta esquerda e mandou assistência na área para Berbatov concluir e fazer o primeiro gol dos Red´s no jogo. Apesar da posição de impedimento do atacante, o bandeirinha não notou o lance irregular e confirmou o empate.

No segundo tempo, a pressão do anfitrião aumentou. Focado na virada, o Manchester dominou os minutos iniciais da etapa complementar. Melhor que isso, confirmou este domínio no placar do jogo. Após cruzamento de Evrá, Fletcher dividiu com o goleiro Brasileiro Artur e levou a melhor, ganhando a posse da bola e anotou o seu gol na partida. 2x1 e a tranquilidade vinha dando as caras.

Entretanto, um minuto após a virada, uma bobeada na saída de bola terminou no gol de Aimar. De Gea recebeu recuo e tentou isolar, mas mandou fraco. Bruno César dominou, avançou até o limite da área, tocou para o meio e após o corte parcial de Ferdinand, Aimar chutou alto e deu o ponto da classificação para o time português.


O placar se manteve o mesmo até o final dos noventa minutos, porém, as duas equipes tiveram chance de conseguir a vitória. Pelo United, Berbatov teve sua oportunidade de desempatar novamente a partida, depois de cruzamento de Fábio, quando mandou um voleio por cima da meta de Artur. Rodrigo levou perigo pelo lado do Benfica, quando disparou pelo meio, chegou na área e chutou rente a trave direita de De Gea.


Fotos: AFP / Reuters

sábado, 19 de novembro de 2011

São Marcos para a eternidade

No meu primeiro texto na coluna "A bola está comigo", do Boleiros da Arquibancada, escrevi sobre a escassez de ídolos no futebol brasileiro. Dentro do atual profissionalismo, são poucos o que escolhem o sentimento e ligação que tem por um clube do que as inúmeras cifras que colocarão bolso adentro ao jogarem no exterior. Falei de algumas exceções, uma delas um santo de manto verde, vulgo Marcos Roberto Silveira Reis. Conhecê-lo por esse nome é complicado, mas basta dizer São Marcos que as grandes defesas e o carisma desta figura do futebol vêm à mente.


Contrariando praticamente todos os outros atletas de futebol, Marcos atuou profissionalmente por um único clube, o Palmeiras. Era difícil alguém com currículo inteiramente marcado por paginas verdes não se tornar ídolo. Da mesma forma, ser classificado como o maior jogador da história de um clube do tamanho do antigo Palestra Itália não é para qualquer pessoa.

Em 92, o Palmeiras já tinha histórico de ter em sua meta grandes goleiros. Por lá outros nomes memoráveis já tinham passado, como Oberdan Catani, Emerson Leão, Valdir Joaquim de Morais e outros grandes arqueiros. Velloso era o titular, mas por conta de uma lesão Sérgio assumiu a meta do time campeão paulista e brasileiro na temporada seguinte e em 94. Marcos foi contratado e era a terceira opção do treinador, Vanderlei Luxemburgo.

A temporada de 99 marcou o goleiro e a equipe paulista. Se Marcos alcançou a titularidade no meio da Libertadores, o Palmeiras se consagraria campeão graças às atuações do camisa 12 (especialmente na disputa de penais contra o Corinthians, quando Vampeta perdeu a penalidade e classificou o alviverde). Ao final da competição, foi apelidado pela torcida de São Marcos, ‘O Santo do Palestra Itália’.


A partir dai sua carreira seguiu crescendo, até finalmente chegar à seleção brasileira. Seguiu com o elenco rumo à Copa do Mundo de 2002, onde seria decisivo na conquista do mundial. Fazendo defesas importantíssimas, principalmente nas partidas contra a Inglaterra e a final com a Alemanha, ficou com o título de segundo melhor goleiro da disputa. Porém, no mesmo ano, o Palmeiras seria rebaixado para a segunda divisão do futebol brasileiro.

Estando em situação lastimável, era utopia pensar que o time conseguiria manter o goleiro. Grandes times da Europa se moviam para contratar Marcos. O Arsenal foi quem buscou com mais vontade contar com seu futebol. Mas, apesar do momento mais negro de sua história, o Palmeiras recebeu a melhor notícia que poderia: São Marcos não largou o time e seria o líder na volta à elite do futebol nacional.

Inúmeras vezes lesões vieram para tentar tirá-lo de sua posição. No paulistão de 2007, em jogo contra o Juventus da Mooca, o ídolo alviverde se lesionou. Começou ai uma série de fraturas que comprometeram a carreira do goleiro. No ano seguinte, o paulista terminou nas mãos da equipe palmeirense, mas não foi a melhor conquista. Marcos estava de volta à meta com boas atuações.


No início deste ano, São Marcos anunciou que seria o último como jogador do Palmeiras. A marca do time ruim ficará, mas a principal do ano de 2011 será a perda do maior ídolo do Palmeiras. No gol, Oderdan e Leão também fizeram história. Ademir conseguiu o mesmo liderando a equipe no meio campo. Entretanto, o carisma e o desempenho pra lá de sobrenatural firmaram o eterno camisa 12 do Palestra Itália como sinônimo mais próximo de Palmeiras.

Para ser santo nas religiões é necessário ser canonizado. Marcos Roberto Silveira dos Reis conseguiu este feito com a torcida palmeirense e será venerado enquanto sua história for lembrada, ou seja, eternamente.

Confira também o texto do adeus do Santo palmeirense dos gramados

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Corinthians irreconhecível vence no sufoco

Muitos especialistas garantiam que a melhor tabela nessa reta final rumo ao título era a do Corinthians. Por enfrentar times na ‘zona maldita’, em teoria, teria maior facilidade para conquistar as vitórias, mas por enquanto estas equipes vêm complicando sua vida. Ontem à noite, o Ceará teve a sua chance e manteve difícil a série de jogos dos paulistas.


Desde o começo o Corinthians foi dominado pelo Ceará, que apostava na velocidade pelos cantos para conquistar a vitória e fugir da zona da degola. No ataque, Oswaldo criava as melhores chances pelo lado direito, onde a marcação de Fábio Santos era praticamente nula. A linha de quatro defensores do timão não conseguia segurar os ataques.

Se os zagueiros não barrava o atacante, sobrou para o goleiro Julio Cesar intervir para segurar o zero no marcador. Na chance mais clara, João Marcos cabeceou no contrapé do camisa 1, que teve reflexo para conseguir voltar no canto direito e espalmar para escanteio. Quando o alvinegro não tinha o que fazer, tentou fechar o ângulo do atacante Felipe Azevedo, que saiu livre na frente do gol. Ele tentou tirar do goleiro, mas mandou forte por cima.

Com pouca criação, pelo mal desempenho de Danilo, Emerson Sheik era a arma do time na busca pelo gol, sendo que não conseguiu fazer nada. A melhor oportunidade do visitante veio em cobrança de falta de Fábio Santos, que tentou cruzar na área, mandou forte, quase acertando o ângulo esquerdo do gol defendido pelo goleiro Fernando Henrique, ex-Fluminense.


Depois do intervalo, Liédson ficou no banco por desgaste, dando lugar para Morais. Isso deixou claro que Tite viu a má atuação do meio campo e interviu para melhorar. No começo, o meia não conseguiu mudar o jogo. Aos poucos foi entrando e alterando o jogo. Ele deu início a um bom lance, quando chutou de fora da área e Fernando Henrique espalmou para o lado. Leandro Castán aproveitou a bobeira e tentou mandar de primeira, mas acertou a trave e a redonda foi para fora.

Fábio Santos teve jogada parecida com a de Felipe Azevedo no primeiro tempo. A diferença é que chegou em velocidade na frente do goleiro cearense, que saiu rápido da meta e defendeu o chute do lateral. Depois a zaga fez o serviço de tirar o perigo. Pouco depois o troco, no chute de fora de Oswaldo, que passou rente o ângulo direito do gol paulista.

A mudança decisiva no jogo veio graças à outra intervenção do treinador corintiano, quando sacou Danilo, que nada produziu para a entrada do peruano Ramirez, pouco utilizado na equipe. A eminente falta de ritmo não apareceu, pelo contrario. O meia estava entrosado com os companheiros. Em contra-ataque rápido, o jogador partiu pela esquerda, cortou o zagueiro por dentro, ganhou na corrida e deu um toque rasteiro igual de atacante, direcionando a pelota no limite do canto direito. Gol de alivio, gol de titulo (será?).


Baita partida complicada essa do Corinthians no PV. Dois fatores contribuíram para o drama, sendo eles a má atuação do conjunto paulista e o desespero total do Ceará em fugir do Z-4. Apesar do futebol distante do ideal, o Corinthians venceu, conquistando o objetivo mais importante, somar os três pontos. De quebra, com a ajuda do Palmeiras que empatou com o Vasco, o alvinegro abriu dois pontos de vantagem para a equipe do Rio de Janeiro.

E não menos importante. Matematicamente, o Corinthians confirmou presença na Libertadores da próxima temporada. Mais um sonho na lista de espera dos torcedores. 


Fotos: Tom Dib / Agência Estado

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Alemanha põe Holanda no bolso

Este feriado de 15 de novembro é marcado no Brasil pelo dia da proclamação da república, que aconteceu em 1889. Porém, neste ano de 2011 o fato marcante foi o encontro de duas das três melhores seleções do mundo atualmente. Alemanha e Holanda se encontraram em Hamburgo para medir forças. Terceira e segunda colocadas na última Copa do Mundo, respectivamente, o jogo sem dúvidas era de alto nível.


Robben era o principal desfalque da partida, deixando o time holandês sem uma grande arma individual, dependendo ainda mais do coletivo para se impor em campo. Já a Alemanha não contou com Schürrle, atacante do Bayer Leverkusen, barrado por conta de uma gripe. Schweinsteiger também não jogou, lesionado e volta só em fevereiro. Mas o jogador não fez falta no grande jogo que o time da casa fez, enquanto que Robben fez muita.

Mantendo maior posse de bola, uma das características deste time, os alemães tiveram o comando inicial do jogo. Mas a primeira chance veio com a antiga Laranja Mecânica, no chute cruzado de Huntelaar, atacante do Schalke 04, morrendo na lateral após leve toque de Neuer.  A grande presença da Alemanha no campo ofensivo previa a criação de boas chances, que aconteceram.

Logo no primeiro deles veio o gol. Em condição legal, Klose recebeu lançamento longo e mando de primeira para trás, encontrando Thomas Muller que chegava na cara do gol, finalizando no contrapé do goleiro. Como bem disse Jorge Iggor na transmissão: “O encontro do passado com o futuro da Alemanha”, que garantiu o primeiro gol da partida.


E o segundo veio rápido, aos 25 minutos. Com bela troca de passes, Muller puxou os defensores e deixou Özil livre na direita, que cruzou para a chegada de Klose de cabeça, mandando no mesmo canto direito do primeiro gol. Renovação espetacular a germânica, que consegue aliar a juventude e técnica com a experiência e eficiência.

No segundo tempo, os lados do campo seguiam sendo o caminho ofensivo mais usado pela Alemanha, que conseguia chegar facilmente à área da equipe laranja. Os toques fluíam com a maior tranquilidade e naturalidade, com a marcação (linha de quatro defensores) da Holanda sendo muito testada. Mesmo assim, a equipe laranja melhorou em campo. Sneijder criou boa chance em chute de fora da área, que passou rente à trave esquerda de Neuer.

Apesar do gol, Klose mantinha sua fome por gols, tentando por duas vezes chutes rasteiros, defendidos sem perigo por Stekelenburg. Podolski, apagado em campo, deu lugar ao jovem Götze aos 20 minutos, dando ainda mais gás à ofensiva. Mas quem fez a diferença para o time já estava em campo. Aproveitando erro gravíssimo de De Jong (que errou um... chute no ar?), Klose roubou, tocou para Müller. O atacante do Bayern dominou e deu a assistência para Özil, quase na marca do penal, empurrar para o gol.


Depois do terceiro momento máximo do futebol no jogo, foi só seguir tocando a bola. Mas não estava bom. Os alemães ainda buscavam o ataque, querendo o quarto gol. Faltando cerca de quinze minutos para o apito final, era possível um placar histórico no duelo, marcado por grandes jogos em Copas do Mundo. Entretanto, o jogo ficou morno depois dos 40 minutos e o placar terminou da maneira como estava.

Com muita facilidade a equipe germânica conseguiu passar pela Holanda, desfalcada por um dos seus dois pilares em campo, Robben. Mesmo com o desfalque, o modo de jogo deixou muito a desejar, tanto por seu rendimento em jogos anteriores como o desempenho diferenciado da equipe da casa, sendo superiora nos dois tempos de jogo e transformando isso em gols.

Alô Brasil, essa sim é uma renovação de sucesso, feita com tempo e confiança no treinador.


Foto: AP / Reuters

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Fazer o básico, basta isso para Mano

No último jogo de 2011, a seleção brasileira encarou o Egito. A temporada deixou algumas marcas de como será o trabalho de Mano Menezes até a disputa da Copa do Mundo do Brasil, em 2014, e nos trás grandes preocupações. O jogo final teve resultado favorável, mesmo sem os jogadores atuantes em time brasileiros.


Nos confrontos anteriores, a equipe conquistou vitórias apenas sobre seleções de nível fraco, como Gabão e Costa Rica, ou mediano, como o México. Entretanto, quando encarou times tradicionais não teve o mesmo aproveitamento no placar, obtendo derrotas para Alemanha, Argentina (com time completo) e França.

Atuando sem estrelas, o maior jogador da equipe era Hulk, destaque do Porto. O atacante caia por um lado do campo, enquanto Hernanes apoiava a criação pelo outro. Mano voltou ao 4-2-3-1 tão usado atualmente, com Bruno César completando o trio do meio para frente e Jonas de centroavante. Por sinal, boa atuação do camisa nove.

Em dois lances que teve, o atacante do Valencia aproveitou as chances e garantiu a vitória para a equipe. Na primeira jogada, Hulk teve todo o mérito do gol, quando invadiu a área pela direita, esperou Jonas se movimentar nafrente do gol e tocou para o nove apenas direcionar para as redes de pé esquerdo. O segundo foi aproveitando rebote do goleiro em cabeceio de Fernandinho.


Sem problemas na bola e com o piso da partida (bom gramado, por sinal), o Brasil venceu, mas segue fazendo apenas o essencial, demonstrando pouca vontade em campo. Diferente de times como Espanha e Vasco (com suas diferenças, obviamente), que não param de buscar mais gols. Contra o Aurora foi uma mostra deste jogo ofensivo do time brasileiro. Já a seleção espanhola faz isso a todo o momento, como o Barça, base da equipe.

Treinamento, foco e amistosos de alto nível, falta isto a seleção. Amistosos apenas ‘amistosos’ dentro de campo não levam a nada, é só vermos este jogo com o Egito. O que o time agregou com a partida? Apenas mais uma vitória para a sua história e dois gols no currículo de Jonas com a amarelinha. Se bem que Hernanes e Hulk demonstraram mais uma vez que merecem a vaga que conquistaram, mas nada proveitoso no coletivo.

Partidas contra seleções com maior entrosamento mesmo não tendo maior habilidade servem para a seleção aprender a jogar em grupo. Entrosar um time não é somente jogar junto, é conseguir fazer com que cada jogador saiba até onde vai o seu limite e o de seu companheiro, ficando assim mais fácil de criar jogadas eficientes e forçar outras equipes a se empenharem o máximo quando nos enfrentarem.


Mano está deixando a desejar, não só por sua culpa. A CBF contribui para o pequeno aproveitamento dos amistosos da equipe amarela. Como formar um time eficiente sem poder contar com todas as peças quando se pode jogar? Fica complicado, mas mesmo assim o treinador chamou e insistiu em nomes questionáveis e que não rendem, Jadson é prova disso.

Realmente 2014 é um sonho complicado. E para piorar, por hoje é um sonho impossível. Como disse o jornalista do Esporte Interativo Vitor Sérgio Rodrigues, “Mano termina o ano com cinco vitórias seguidas, cumpre o objetivo de tirar a pressão (garantir o emprego), mas mantém o cenário ruim para 2014”. Para o futuro ser promissor, o próximo ano da seleção brasileira precisa ser diferente deste que se encerra hoje. O problema é que mano insiste no erro. Após o jogo ele declarou: "O caminho é esse". É amigos, pelo jeito o vexame é logo ali...


Fotos: Mowa Press / Reuters / AP

Repescagem Eurocopa 2012

Na ultima sexta-feira, dia 11 de novembro, começou a ser disputada na Europa a repescagem da próxima Eurocopa, que acontecerá ao mesmo tempo na Ucrânia e Polônia. Após a fase inicial, dividida em nove grupos, oito seleções se classificaram para a segunda chance de participar da maior competição europeia de seleções. Veja um resumo dos jogos de ida:

Bósnia 0x0 Portugal – Matheus de Oliveira fez a cobertura desta partida para o Boleiros, e lá vimos que mesmo com Cristiano Ronaldo e Nani em campo, o time lusitano não conseguiu furar a barreira defensiva do adversário. Até teve boa posse de bola, mas não obteve sucesso em transformá-la em gols. No jogo de volta, em Portugal, a seleção da casa precisa apenas de uma vitória simples para confirmar presença na Euro.


República Tcheca 2x0 Montenegro – Em casa, o time tcheco conseguiu abrir boa vantagem na disputa pela vaga. Com Rosicky em campo, o time fez os gols da vitória apenas na etapa final. O Primeiro veio com Pilar, em belo chute de fora da área. Nos acréscimos da partida, após cobrança de falta o desvio de Sivok parou nas redes. A partida de volta acontecerá em Montenegro nesta terça-feira.

Estônia 0x4 Irlanda - Após a eliminação polemica da última Copa pela França (no lance em que Henry descaradamente colocou a mão na bola e terminou em gol mal validado pela arbitragem), o time irlandês veio com garra e não deixou a Estônia ver a cor da bola. Com dois gols de Keane, um de Andrews e outro de Walters, a classificação foi confirmada no jogo de ida. Amanhã na Irlanda, a partida final só cumprirá tabela, além de servir de festa para os torcedores locais.


Turquia 0x3 Croácia – Este era o jogo definido como mais equilibrado dos duelos. Com seleções muito equilibradas, o que se viu na primeira disputa foi um domínio do time visitante. Olic, Runje e Mandzukic não deixaram suas chances claras passarem e cada um anotou o seu gol. Jogando em casa, o time croata pode perder até por dois gols de diferença que ainda conquista o direito de viajar à Polônia e à Ucrânia disputar a competição.

Amanhã acontecem os jogos de volta e a cobertura de Portugal x Bósnia fica novamente por conta de Matheus de Oliveira. Já o resumo dos jogos fica na responsabilidade de Lucas Fernando, o Anderson Silva do Boleiros da Arquibancada.


Fotos: AP / AFP

O Palmeiras segue colecionando bobeadas

Se não bastasse o péssimo momento interno que vive o clube, com o time limitado e Felipão esbravejando a cada coisa errada, o perigo de fazer parte do grupo da série B do ano que vem existe, e é muito real. Precisando de apenas três pontos para afastar de vez este pesadelo, o Palmeiras foi ao sul encarar o Grêmio no Olímpico. Todos imaginavam mais uma derrota do alviverde, mas o resultado foi outro e poderia ter sido ainda melhor.


Tendo o desfalque de muitos jogadores, dentre eles Kleber (fora da equipe), Valdívia (suspenso pelo STJD), Rivaldo, João Vitor (suspensão) e outros, Felipão teve que improvisar jogadores. Tinga foi o meia de armação ao lado de Patrik, sendo que nenhum conseguia criar. Logo à frente, Ricardo Bueno e Luan tinham a obrigação de marcar. Mas não conseguiram.

O jogo era aberto, com as duas equipes conseguindo criar oportunidades. O Palmeiras pecava no último passe, que sempre era interceptado pela defesa tricolor. Na parte de trás, conseguia parar os ataques por conta da má atuação de Douglas, mas mesmo assim ainda sofria com alguns sustos. Nada mais aconteceu na etapa inicial.

Se os atacantes não conseguiam, quem fez a festa dos pouquíssimos palestrinos no estádio foi Cicinho. Após cruzamento da direita, Ricardo Bueno cabeceou a queima luvas, barrado por defesa espetacular de Victor. Só que no rebote a bola encontrou os pés do lateral Cicinho, que dominou e chutou forte, abrindo o placar para o time paulista.


No segundo tempo, os times eram os mesmos, no papel e em campo. Sem mudanças, o Palmeiras foi atrás de ampliar o placar. Conseguiu, e da melhor tática possível do time, a bola parada. Falta na entrada da área, Assunção na cobrança. O chute seria colocado, no canto esquerdo do gol, só que um desvio na barreira matou o goleiro gremista e mandou a redonda no meio da meta. 2x0 Palmeiras e parecia que o reencontro com a vitória iria acontecer.

Mas como estamos falando de Palmeiras, tinha que haver um ponto negativo. Quer dizer, dois pontos negativos. O primeiro deles saiu dos pés do atacante Brandão, que substituiu Escudero ainda no primeiro tempo. Aproveitando contra ataque rápido puxado por Leandro, que deixou a zaga do visitante escancarada, Brandão recebeu e mandou para as redes sem pensar duas vezes.

Ainda tinha tempo para o empate, afinal, estávamos na metade do segundo tempo. Ele veio, da pior maneira possível. Aos 45 minutos o narrador já dava como certa a vitória do Palmeiras e os três pontos, mas uma jogada de Mário Fernandes terminou mal, para Felipão e seus comandados. Mário foi à ponta direita, deixou dos zagueiros para trás e cruzou. A defesa tirou mal e ela sobrou para Fernando, que adiantou e chutou forte no ângulo esquerdo do gol. Sem chances para Deola em uma grande chance do Grêmio.


O 2x2 no momento final da partida deu um choque nos torcedores palmeirenses. Quando todos festejavam a vitória e com isso o termino do fantasma da Série B, o time deu enormes brechas e o time da casa aproveitou. Além de sofrer dois gols, a equipe paulista deixou dois pontos importantíssimos lá no sul, pontos que podem ser decisivos na luta pela permanência ou pela vaga na Sul-Americana, descartada pelo treinador Luis Felipe Scolari.


Fotos: Ricardo Rímoli

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Vergonha desnecessária

Pelo título parece que a seleção brasileira enfrentou o Gabão e foi derrotada, cravando um vexame na sua história. Na verdade, o jogo foi bem tranquilo para o time conquistar o resultado, o mais importante, segundo Mano Menezes. Porém, colocar nossa equipe tão tradicional e que se prepara para a maior obrigação de sua história numa fria e num gramado desses era completamente desnecessário.

Ter a tarefa de vencer uma Copa do Mundo em casa não é trabalho tranquilo de se fazer. Por sinal, já deixamos escapar uma vez em 50, no único mundial disputado em solo brasileiro. Para ‘facilitar’ este trabalho de complicações acima do comum, o mínimo que precisamos ter é uma equipe de grande qualidade, aliando a tradicional técnica dos jogadores de nosso país com uma parte tática eficiente, bem trabalhada e com funções muito claras.


Para começar, nosso treinador esta sendo prejudicado. Por não contar com os jogadores que atuam no Brasil a seleção fica deficiente, não tendo os melhores jogadores de cada posição. Além disso, não consegue treinar os titulares da forma eficiente que quer. Após muitos anos nossa seleção volta a ‘depender’ de atletas dos clubes brasileiros, um avanço grande. Mas por causa do excelente calendário da CBF não são chamados na reta final do campeonato nacional, com o objetivo de não prejudicar as equipes.

Sendo praticamente obrigado a convocar somente os brasileiros do exterior, para não ser (ainda mais) criticado, Mano optou por mudar o esquema de jogo, colocando em campo o 4-4-2 e mandando para o banco o 4-3-3 (4-2-3-1) que pretende assimilar aos seus jogadores. Com isso, a tarefa que já é complicada, de formar um time entrosado taticamente e estar à altura de seleções unidas há mais tempo, como Alemanha, Holanda, a campeã Espanha e nossa rival Argentina, fica muito mais complicada do que já é.

Não estou aqui para defender Mano, mas é preciso deixar claro quando a culpa de jogos ruins ou de rendimento longe do ideal nem sempre é somente do treinador ou dos jogadores. Na partida de ontem, Hernanes teve boa atuação, mostrando que pode ocupar a vaga no meio campo. No meu time, estaria ao lado do meia, como segundo volante, pois tem bom apoio ao setor ofensivo e ainda se garante na marcação à frente do cão de guarda, o 1º volante.

Hernanes, camisa 7, foi o destaque da
Seleção na partida

Alguns nomes da escalação podem ser criticados, como o zagueiro Luisão. Se o alvo do treinador é renovar o time, tanto em relação à idade quanto a nome de jogadores, o defensor não deveria estar ali, muito menos na titularidade. Jonas não me agrada no ataque, mas é um dos nomes em ‘boa’ fase na Europa. E que fase dos brasileiros do setor ofensivo lá fora, não? Poucos estão se destacando, como Hulk, o restante vive mau momento ou não consegue se destacar em sua equipe.

Em suma, este jogo que tinha dois objetivos fora de campo (inaugurar o estádio no país do adversário, e embolsar mais alguns cascalhos com um amistoso) e que foram atingidos. Porém, o objetivo principal do treinador e o sonho de todos os brasileiros ainda vai demorar. 2014 é o sonho mais belo, só que pode se tornar o segundo maior desastre da história da seleção.


Foto: Celso Paiva / Getty Images

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Enfim o coro foi cantado: “É campeã!”

Só conquistar a vaga na elite do futebol nacional não era o bastante para a Portuguesa. Tendo um time que encantou torcedores e jornalistas durante o campeonato, a equipe precisava agora de apenas um empate para levantar a taça. Contra o Sport, em casa, o time revivia um duelo que trazia más lembranças. Porém, depois desta noite, o passado negativo foi mudado, graças ao empate em 2x2, que consagrou de vez a campanha do time.


Em 2008, ano em que o time lusitano caiu para a série B, enfrentou este mesmo Sport na 37ª rodada, também no Canindé. O placar final foi 2x2, afundando os paulistas para a segunda divisão. Em novo momento, era a hora de não deixar escapar outra chance de garantir a conquista e confirmar a superioridade do time, confirmada pela grande diferença de pontos sobre o segundo colocado e as demais equipes.

O começo foi melhor para o rubro-negro. Depois de cobrança de escanteio, aos 3 minutos de jogo, uma grande confusão na defesa da Portuguesa aconteceu, bate rebate, quando a bola sobrou para Montoya chutar no canto esquerdo do gol. Weverton não teve chances de defender e a Lusa precisava correr atrás para conquistar o campeonato.

A reação veio, mas demorou um pouco e chegou a torturar os torcedores. Apenas aos 14 da etapa complementar o empate foi alcançado. Marco Antônio recebeu na intermediária marcado. Dominou, adiantou a bola e arriscou de longe, encobrindo o goleiro e marcando um belo gol. Alívio para a galera da arquibancada.

Estava bom? Não para a campeã. Luís Ricardo fez boa jogada dentro da área, passou pela zaga e cruzou forte, praticamente um chute, que bateu no defensor do Sport e foi para as redes. Como se alguém se importasse com o gol contra. A festa foi ainda maior, pois deixava ainda mais perto o título.

Luís Ricardo fez o segundo gol e recebeu o
'carinho' do treinador Jorginho

A vitória, obviamente, garantia o objetivo da equipe, mas um empate já estava de bom tamanho e também confirmava o alvo final. Muito por conta disso, a equipe deu maiores brechas na zaga, que viu o Sport igualar novamente o marcador. No lance do empate, três atacantes do time pernambucano estavam na jogada dentro da área. Robston recebeu o passe e não jogou fora a chance, mandou para dentro das redes lusitanas.

Faltava apenas coroar o ano, e a Lusa fez isso nesta partida contra o Sport. O adversário trazia lembranças não muito boas, mas mesmo assim o empate em 2x2 deu o caneco ao time paulista, que está de volta à Série A após três anos, quando foi rebaixado com uma rodada de antecedência, justo em jogo contra o adversário de hoje. A taça ainda não foi levantada, pois não estava no Canindé (que falha da CBF!), mas a matemática já fez o papel de garantir a conquista.

Após a partida, o treinador Jorginho prometeu definir seu futuro e que tem 50% de chances de permanecer na equipe para a próxima temporada.


Fotos: Fernando Dantas / Ricardo Matsukawa

domingo, 6 de novembro de 2011

Reação espetacular do tricolor, mas o baiano

Tendo ainda o ultimo suspiro na briga pelo titulo nacional, o São Paulo foi à Salvador medir forças com o Bahia, no Estádio do Pituaçú. Ainda sem vencer com o novo técnico, o jogo era importante para fortalecer a confiança da equipe, só que do outro lado o time da casa precisava da vitória para acabar com qualquer chance mínima de rebaixamento e se firmar na primeira divisão.


Sendo assim, o controle inicial e de quase todo o primeiro tempo foi do Bahia. O primeiro lance de perigo veio com Fahel, ao cabecear rente a trave esquerda do gol de Denis após boa jogada pela direta do centroavante Souza, ex-Corinthians, que chamou João Felipe pra dança e o deixou para trás. Gabriel tentou de fora e o goleiro são paulino defendeu sem problemas.

Na primeira chance de gol que teve, o tricolor paulista tirou o zero do placar, quando Wellington chapelou dois zagueiros baianos, entrando na área e chutando no canto esquerdo de Marcelo Lomba. Depois foi sair comemorando, se tornando vitima de um montinho de seus companheiros. Logo depois, Luis Fabiano teve chance clara, após linda jogada de Lucas, e, na linha da pequena área, chutou em cima de Lomba, que fez grande defesa.

Mas se os paulistas aproveitavam bem a chance que teve, o que se viu no segundo tempo foi o contrario. Em sua chance inicial na etapa complementar, os baianos igualaram o placar. Souza recebeu, marcado de novo por João Felipe. Já na área tricolor, o atacante cortou para dentro e chutou rasteiro, sem chances para Denis. Oitavo gol do artilheiro da equipe no brasileiro.

Com gol e assistência, Souza foi essencial
na reação do Bahia

Se o alvo era o título, algo inesperado era o que o São Paulo precisava para sair do Pituaçú com uma vitória. E a equipe foi atrás disso. Primeiro Lucas, com um belo canudo de fora da área colocou de novo o time na frente. Para fechar a conta, Cícero chutou no pé da trave esquerda e a bola morreu na rede lateral da trave direita. 3x1 e parecia tudo encaminhado.

Porém, como todos sabemos, lógica é algo que não podemos aplicar no futebol. Ela até dá suas caras às vezes, mas nesse jogo não foi o caso. Perdendo por 3x1 aos 14 minutos do segundo tempo era muito para um time na décima quinta colocação no campeonato. Só que não foi. Nicão fugiu pela esquerda, cruzou e Lulinha, outro ex-Corinthians, empurrou para o gol, iniciando a reação inesperada do time da casa. Mas não era papel do São Paulo fazer algo inesperado? Enfim, vamos continuar com os outros gols...

Se na primeira chance do jogo Souza cruzou e Fahel perdeu, no segundo tempo o lance se repetiu, entretanto, o desfecho foi diferente. Da ponta esquerda, o camisa nove mandou chuveirinho na pequena área, onde Fahel desviou bem para empatar novamente a partida. O 3x3 deu ânimo para o Bahia tentar a vitória.

Na noite dos ex-Corinthianos, Lulinha
não ficou fora e anotou o seu gol

Tentou tanto que ela veio. Outra vez, Nicão surgiu na esquerda, mandou cruzamento rasteiro para Souza. Mas aí sim algo não esperado aconteceu. Luiz Eduardo foi tentar cortar, porém mandou contra a própria meta e consagrou o time tricolor baiano.

A virada espetacular mostrou a fraqueza emocional do São Paulo, que não soube manter uma vantagem de dois gols sobre o adversário. E pior, o cansaço de alguns atletas também ficou evidente, tanto que o Bahia fez a festa quando quis e além dela três gols. Titulo nacional para os paulistas? Agora só para o Corinthians. O São Paulo terá que esperar outro ano para ganhar o sétimo caneco.


Fotos: Rubens Chiri / Gazeta Press

sábado, 5 de novembro de 2011

Ídolos de verdade, onde estão vocês?

Ah o futebol. Paixão quase unanime dos habitantes deste imenso país. Com tantos times e jogadores, o que não falta é chance de encontrar um que se identifique com o outro, ou ao menos uma parceria que teve sucesso e conseguiu conquistas importantes. Sejam por características, detalhes ou simplesmente o inexplicável, poucos conseguem quebrar a barreira mais alta e tornar-se ídolo intocável de uma equipe.

Voltemos no tempo, melhor exemplo desta paixão com vários e indescritíveis encontros. Zico, o Galinho de Quintino, jogou apenas no Flamengo no Brasil. Tinha habilidade para jogar onde quisesse no mundo, mas estava disposto a tudo pelo clube que ama. Além disso, foi mais do que reconhecido pelos torcedores, que o ligaram diretamente a identidade do time.

Além do camisa 10 rubro-negro, podemos listar outros grandes craques que é só citarmos para lembrarmos de apenas uma equipe. Roberto Dinamite é sinônimo do cruzmaltino carioca. Atlético-MG e Reinaldo tem ligação estreita, assim como Renato Gaúcho com o Grêmio, Falcão com o Internacional e diversos outros grandes jogadores. Ah, Pelé, não conta. Afinal, o garoto de Três Corações conseguiu ir além do impossível, se tornando ídolo não apenas do Santos e do Brasil, mas sim mundial, feito de raras exceções.


Atualmente temos dois grandes personagens neste quadro. Rogério ‘Mito’ Ceni e ‘São’ Marcos, vizinhos de CT´s na Barra Funda, Bairro paulistano, onde São Paulo e Palmeiras mantem seus treinamentos. Ambos os goleiros tiveram carreiras de glórias ligadas totalmente a seu clube, crescendo junto com ele e, a cada partida, se mostrando um amante da instituição. Doaram-se a cada contratempo, estando abaixo da meta e sempre que requisitados fazem o que sabem: honram com suor e sangue o manto que vestem e o escudo sobre o peito.

Mas preste atenção, eu citei apenas dois ídolos do momento. Proposital? Sim, exatamente por termos apenas estes nomes como referências de uma equipe. Por qual motivo estamos perdendo esta grande ligação dos jogadores com clubes e os torcedores? A resposta está na ponta da língua dos próprios: o profissionalismo.

Não adianta ser contratado, jogar bem, ser campeão e fazer história (mínima que seja) em uma equipe para se ligar a ela. Agora, o lado financeiro fala mais alto do que qualquer ponto. Às vezes uma proposta de um clube de fora tira o bom jogador da equipe por conta da grana a mais e, quando vê que não se deu bem no ‘estrangeiro’, voltar ao Brasil na equipe rival do seu ‘ex-amor’ não é nada mais nada menos do que profissionalismo. E não estão errados, é questão de escolha.


Antes existiam muito mais trocas de jogadores entre clubes rivais, até com grande frequência, mas por conta de um aproveitamento não esperado dos dois. Era uma aposta dos times para talvez encontrar uma solução numa negação e, caso ela fosse mantida, não perdeu nada que investiu, apenas manteve o fracasso. E nessas trocas aconteceram casos cômicos, como a troca de Neto, que saiu do Palmeiras rumo ao Corinthians e carregou a equipe para o primeiro título nacional, além de conquistar o mais importante: a torcida alvinegra, que o idolatra até hoje.

Mas ainda é possível acontecer fatos como este? Trocar de casa pode mudar o rumo de uma carreira de tal forma a se identificar tanto com uma equipe? Claro que sim, na vida tudo pode acontecer. Se antes, quando surgiu, Ronaldinho Gaúcho era venerado pelos gremistas, hoje é odiado, taxado como traíra e mercenário, isso porque deixou de ir para o time do Sul para jogar no Flamengo. É apenas um exemplo de como as coisas mudam.

Kleber é outro destes jogadores ‘renegados’. Os primeiros torcedores a se decepcionarem com o Gladiador foram os cruzeirenses, que viram o seu melhor atacante forçar a barra para voltar ao time que estava muito ligado, o Palmeiras. Equipe dos segundos decepcionados, os fanáticos alviverdes, que engoliram seco o migué do ex-ídolo, visivelmente descontente e querendo sair, justo após receber uma proposta do Flamengo.


A idolatria está sendo tão banalizada que basta o atleta demonstrar o mínimo de ‘intimidade’ com a camisa que a torcida já o põe como o líder mor da equipe, o listando junto com os grandes nomes do passado do clube. Erro? Creio que sim, pois é preciso fazer muito para marcar, cravar o seu nome na história e, principalmente, na imagem de um time.

Lanço mais uma pergunta: ainda é capaz de surgirem ídolos nas equipes? Ou melhor, existe a possibilidade de existir um ídolo de verdade, que dedique a vida a uma instituição, assim como fizeram Falcão, R.Ceni, Marcos e Zico? A resposta vem do tempo e, obviamente, de você, leitor.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O foco falou mais alto

Sem ficar em cima do muro em definir qual o seu objetivo principal, o Vasco escalou time misto no primeiro jogo contra o Universitário do Peru. A partida era válida pelas quartas de final da Sul Americana, plano B da equipe carioca, focada na conquista do brasileiro deste ano. Qual foi o resultado? Algo bem diferente do segundo jogo contra o Aurora.

Na escalação e no jogo, Fernando Pras foi o nome nº 1 da equipe. O goleiro teve atuação acima da média (diferente do restante do time) aparecendo em lances decisivos e evitando gols praticamente feitos. Porém, não foi o suficiente para barras duas das várias ofensivas do anfitrião.


O domínio era total do Universitário, que não dava chances para o Vasco armar jogadas, no máximo trocar passes e abusar da jogada individual para tentar algo. Com a zaga reserva, o cruzmaltino dependeu de Prass para manter o zero no placar na etapa inicial. Mas ela não terminou assim.

Torres dominou bola mal tirada da defesa e invadiu a área pela direita. Felipe Bastos tentou fazer o corte e deu o bote errado, acertando o atacante. Penalidade marcada pelo juiz. Ruidías foi para a cobrança e desta vez Fernando Prass não pode fazer nada, mesmo tendo acertado o canto da forte cobrança. Um a zero para a equipe peruana. E assim terminou o primeiro tempo.

Já o segundo começou... Da mesma maneira. O Vasco não conseguia apresentar as mesmas atuações do campeonato brasileiro, mesmo com Diego Souza e o jovem promissor Bernardo em campo. Apesar disso, conseguia criar mais, mas ainda sofria na defesa. Principalmente nos contra-ataques rápidos. E num deles o jogo foi definido.

Os zagueiros e volantes vascaínos estavam adiantados, fora de suas posições. Com o meio campo livre, ficou fácil para o golpe fatal ser encaixado. Fano disparou e foi lançado, ficando na cara do goleiro brasileiro. Ele pensou rápido. Fez o mais ‘simples’, chutando de três dedos, acertando a trave e depois a redonda morreu nas redes.


O placar mostrou bem como foi o jogo. Poderia ter sido pior, mas Fernando Prass, goleiro de todos os jogos do Vasco no ano, manteve sua regularidade de boas apresentações e salvou no que pode. Se o resto do time não foi bem, não deu para a o arqueiro fazer milagre.

A derrota complica a vida dos brasileiros na competição, mas a partida de volta é no Brasil e o estádio São Januário aguarda esta partida, esperando boas lembranças do último jogo da Sul-Americana, que terminou 8 a 3 para o Vasco.


Foto: AP / EFE

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Portuguesa empata e adia título da segundona

Precisando de apenas uma vitória para garantir a conquista da série B, a Portuguesa visitou o Criciúma em Santa Catarina. Fora de casa, era uma tarefa um pouco complicada, por conta do time catarinense estar rondando o G-4 e buscando uma vaga na primeira divisão da próxima temporada. E não foi diferente.

O jogo começou com tudo. Ou melhor, o Criciúma começou com tudo. Antes do primeiro minuto terminar o time da casa já tinha aberto o placar. Após escanteio cobrado do lado esquerdo, o defensor Anderson Conceição desviou de cabeça para marcar o primeiro gol do jogo. Weverton, goleiro da Lusa, nem teve chances de defesa.

Não foi apenas o começo avassalador da equipe da casa. Sem amarelar, se manteve atacando e pressionando a Portuguesa. A pressão era total, com uma forte marcação no time paulista, que não conseguia sair dela e criar as jogadas. Assim, a vantagem era mantida sem problemas, mas ainda tinha todo o segundo tempo para ser jogado.


Com a entrada de mais um atacante (Cleiton no lugar do volante Rai) a líder melhorou. Começou a conseguir incomodar a defesa amarela, que já não estava com a mesma marcação da etapa inicial. Quem marcava assim agora era o visitante, precisando buscar o gol de empate para ficar mais próximo da taça.

E ele veio na primeira chance de ataque que o time teve. Ela demorou a acontecer, apenas no minuto dezenove, porém o placar estava novamente igual. O descansado Cleiton aproveitou bola levantada da esquerda e o erro da defesa para, sozinho, superar o goleiro do Criciúma e deixar sua marca.

O empate fora de casa não foi um mal resultado, mas adiou a comemoração da torcida lusitana. Agora falta apenas um ponto para, apenas com seu esforço, a Portuguesa ser campeã. Mas ainda pode sair com o título nesta rodada, basta a vice-líder Ponte Preta não vencer o seu jogo, basta um empate dela para os descendentes de portugueses comemorarem o acesso da melhor forma possível: em alto nível e com uma conquista na bagagem.


Fotos: Fernando Ribeiro