sábado, 7 de janeiro de 2012

A imagem da semana


A passagem de ano trás uma boa notícia ao trabalhador brasileiro: o aumento do salário mínimo, que passa de R$545,00 para R$622,00. A mudança faz o trabalhador receber 2,83 reais por hora, totalizando 20,73 reais  ao dia, além de injetar mais 47 bilhões de reais ao ano na economia e quase R$23 bilhões na arrecadação tributária nacional.

O novo formato do reajuste adotado em 2011 pelo Governo calcula o mínimo com base na inflação do ano anterior e no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do país de dois anos antes. Com isso, o aumento deste ano foi de 14,13% (R$77,00), sendo o aumento real, ignorando a inflação do ano passado, 9,2%. Em dez anos, o aumento real acumulado alcança 66%, crescendo de R$200,00 em 2002 para os atuais R$622,00. A cada real adicionado no mínimo há um aumento de R$257 milhões nos gastos da Previdência Social.

De acordo com dados do DIEESE (Departamento Intersindical de Estudos Econômicos, Sociais e Estatísticos), o número de habitantes beneficiados com o reajuste é de, aproximadamente, 48 milhões de pessoas, divididas entre beneficiários da Previdência Social (19,7 mi), empregados (12,8 mi), trabalhadores autônomos (8,7mi) e empregados domésticos (cerda de 5 mi). Comparando o valor atual, com o salário mínimo a população que o recebe consegue adquirir duas cestas básicas, estipulada em R$276,31 (considerando mesmo valor de novembro de 2011).

O número ainda está distante do ideal. Ainda segundo o DIEESE em seu último levantamento em outubro de 2011, o salário mínimo ideal para o trabalhador, atendendo todas suas necessidades primordiais previstas por lei, seria de R$2.349,26, enquanto que no mesmo mês o valor era o antigo, de 545 reais.

A sexta economia mundial vê o seu produto interno forte, conseguindo até mesmo passar economias de estabilidades históricas e centenárias (Reino Unido). Porém, como já dito no último “A imagem da semana”, ainda demorará para o cidadão tupiniquim sentir esta força diretamente em suas mãos (ou bolso), pois a concentração de renda ainda reina impiedosamente por aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário