terça-feira, 15 de novembro de 2011

Alemanha põe Holanda no bolso

Este feriado de 15 de novembro é marcado no Brasil pelo dia da proclamação da república, que aconteceu em 1889. Porém, neste ano de 2011 o fato marcante foi o encontro de duas das três melhores seleções do mundo atualmente. Alemanha e Holanda se encontraram em Hamburgo para medir forças. Terceira e segunda colocadas na última Copa do Mundo, respectivamente, o jogo sem dúvidas era de alto nível.


Robben era o principal desfalque da partida, deixando o time holandês sem uma grande arma individual, dependendo ainda mais do coletivo para se impor em campo. Já a Alemanha não contou com Schürrle, atacante do Bayer Leverkusen, barrado por conta de uma gripe. Schweinsteiger também não jogou, lesionado e volta só em fevereiro. Mas o jogador não fez falta no grande jogo que o time da casa fez, enquanto que Robben fez muita.

Mantendo maior posse de bola, uma das características deste time, os alemães tiveram o comando inicial do jogo. Mas a primeira chance veio com a antiga Laranja Mecânica, no chute cruzado de Huntelaar, atacante do Schalke 04, morrendo na lateral após leve toque de Neuer.  A grande presença da Alemanha no campo ofensivo previa a criação de boas chances, que aconteceram.

Logo no primeiro deles veio o gol. Em condição legal, Klose recebeu lançamento longo e mando de primeira para trás, encontrando Thomas Muller que chegava na cara do gol, finalizando no contrapé do goleiro. Como bem disse Jorge Iggor na transmissão: “O encontro do passado com o futuro da Alemanha”, que garantiu o primeiro gol da partida.


E o segundo veio rápido, aos 25 minutos. Com bela troca de passes, Muller puxou os defensores e deixou Özil livre na direita, que cruzou para a chegada de Klose de cabeça, mandando no mesmo canto direito do primeiro gol. Renovação espetacular a germânica, que consegue aliar a juventude e técnica com a experiência e eficiência.

No segundo tempo, os lados do campo seguiam sendo o caminho ofensivo mais usado pela Alemanha, que conseguia chegar facilmente à área da equipe laranja. Os toques fluíam com a maior tranquilidade e naturalidade, com a marcação (linha de quatro defensores) da Holanda sendo muito testada. Mesmo assim, a equipe laranja melhorou em campo. Sneijder criou boa chance em chute de fora da área, que passou rente à trave esquerda de Neuer.

Apesar do gol, Klose mantinha sua fome por gols, tentando por duas vezes chutes rasteiros, defendidos sem perigo por Stekelenburg. Podolski, apagado em campo, deu lugar ao jovem Götze aos 20 minutos, dando ainda mais gás à ofensiva. Mas quem fez a diferença para o time já estava em campo. Aproveitando erro gravíssimo de De Jong (que errou um... chute no ar?), Klose roubou, tocou para Müller. O atacante do Bayern dominou e deu a assistência para Özil, quase na marca do penal, empurrar para o gol.


Depois do terceiro momento máximo do futebol no jogo, foi só seguir tocando a bola. Mas não estava bom. Os alemães ainda buscavam o ataque, querendo o quarto gol. Faltando cerca de quinze minutos para o apito final, era possível um placar histórico no duelo, marcado por grandes jogos em Copas do Mundo. Entretanto, o jogo ficou morno depois dos 40 minutos e o placar terminou da maneira como estava.

Com muita facilidade a equipe germânica conseguiu passar pela Holanda, desfalcada por um dos seus dois pilares em campo, Robben. Mesmo com o desfalque, o modo de jogo deixou muito a desejar, tanto por seu rendimento em jogos anteriores como o desempenho diferenciado da equipe da casa, sendo superiora nos dois tempos de jogo e transformando isso em gols.

Alô Brasil, essa sim é uma renovação de sucesso, feita com tempo e confiança no treinador.


Foto: AP / Reuters

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