segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Autocrítica para os futebolistas dos teclados

Fim do campeonato brasileiro. Após pequeno instante de tristeza e nostalgia, os jornalistas do futebol, vendo-se sem sua fonte inspiratória, partem para o momento mais esperado por alguns estes: a época de especulações. A busca por furos de reportagens e a contratação de X ou Y pelo time G ou H tem sua vida renascida após um ano de hibernação. Precisamos estar atentos apenas a um detalhe, mas não tão minúsculo, que é o compromisso com a verdade.

Dizer que o jogador Djalma, craque do ataque, vai vestir as cores do XV de Piracicaba é algo que merece cuidado. As fontes devem ter grande fundamento, pois sua capacidade na profissão está em jogo, tanto com seu chefe quanto com seus ouvintes. Porém, isso é o de menos. O mais perigoso neste sentido é criar falsas expectativas a um torcedor fervoroso do XV, que começa então a sonhar além do que seu time pode alcançar dentro das quatro linhas brancas.


A ilusão é o pesadelo mais temido por um amante. Pensar que algo poderia ter sido diferente, que atitudes não pensadas quebraram a magia são coisas que o torturam. Com os amigos das arquibancadas não é diferente. Imaginar que o Djalma não veio para sua equipe e que o desempenho poderia ser outro é uma emoção de grande desgosto, de decepção intensa.

Nós, homens da informação, precisamos saber com o que estamos lidando. O sentimento do torcedor com seu clube é o mesmo de namorados. Saber que o time tinha capacidade de investir mais, forçar melhores resultados, ir além e não fez é frustrante, é quebra de confiança.

Não podemos simplesmente brincar, criar a matéria-prima para o surgimento destas falsas situações pensando apenas em nossa pele. Transformar a informação em mercadoria é infidelidade plena com a essência de nossa profissão. Então, blogueiros, tuiteiros e afins, pensem bem antes de postar informações. Verifiquem e analisem sua veracidade para não atingir de maneira errada quem te acompanha.


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