quinta-feira, 31 de maio de 2012

Ah, a seleção brasileira ainda existe

Foto: Agência Reuters

Finalmente uma vitória convincente do Brasil. Por incrível que pareça, a segunda em apenas uma semana, fato raro ultimamente.

Desde 2006 não temos um time com total confiança de seus torcedores, com esquema ofensivo que passava tranquilidade aos brasileiros.

A primeira mostra de melhora foi no sábado contra a Dinamarca, partida vencida por 3x1 e apagada pela disputa do Brasileirão e pelo GP de Mônaco de Fórmula 1.

Ontem a “Era Mano” reencontrou seu primeiro adversário, que derrotou em agosto de 2010 por 2x0 com gols de Neymar e Pato.

Os dois atacantes também reencontraram as redes, mas já em momento da carreira bem diferente de dois anos atrás.

Pato liderava o Milan e o comando ofensivo da seleção de Mano em seu início, com média de um gol por jogo, enquanto Neymar prosperava como estrela santista.

Agora, Neymar assumiu o posto de estrela de nossa seleção, onde os torcedores depositam as esperanças de um (ainda distante) triunfo na Copa de 2014.

Mas Pato decaiu, vítima de seguidas lesões musculares que o afastaram por vários meses nas duas temporadas passadas de vestir a camisa rossonera.

E isso o tirou do time titular, perdendo a vaga para Leandro Damião e sua fase incrível no Internacional.

Só que o time não se restringe a ambos, ainda mais por Alexandre estar atualmente no banco.

Vamos começar do gol.

Rafael teve sua estreia e mostrou porque é a aposta do treinador para puxar a lista dos 11 em campo nas Olimpíadas, fazendo três defesas de alto nível técnico.

Thiago Silva sempre seguro na defesa se aventurou no ataque e marcou o segundo gol da partida de cabeça.

Pela lateral, Marcelo assumiu a posição e ao lado de Neymar complicou a vida dos zagueiros americanos no lado esquerdo do ataque verde e amarelo.

O lateral ainda deixou o seu gol, o terceiro da goleada, após tabela com o craque dos gramados e do marketing.

Rômulo atuou bem, mas o meio campo foi de Oscar, que brilhou nas duas partidas, assumindo a camisa 10 com tranquilidade e comandando a criação das jogadas.

Da mesma forma, Hulk vestiu a amarelinha e se sentiu em casa. O atacante mostrou qualidade, participou dos três gols contra a Dinamarca e atuou bem nos EUA.

Sábado no tradicionalíssimo 4-4-2, agora voltando ao 4-2-1-3 característico do esquema da seleção de Mano Menezes, mas com o time tendo boas apresentações

Isso é o mais importante e a maior cobrança dos "especialistas", desde os ditos com formação até os figurões dos sofás.

A crítica a Mano era a falta de rendimento do time e o esquema que não deixava claro a função de cada jogador, isso agravado com as constantes trocas de nomes convocados.

Desta vez o time parece ter amadurecido, mesmo tendo chamado jogadores mais novos por conta da Olimpíada.

O nível técnico da Dinamarca pode ser questionado, mas a equipe estadunidense vem em crescente nas últimas competições.

Para confirmar isto, basta lembrarmos a Copa das Confederações, onde abriram 2x0 contra nossa seleção, mas sofreram a virada e ficamos com a taça.

Pode não ser a solução, o ideal, mas nestes dois jogos a seleção brasileira teve um avanço.

Avanço técnico, tático e de confiança, tanto dentro de campo quando de fora dele, digo de Mano e também da torcida brasileira.


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