sábado, 2 de julho de 2011

Arthur Stabile Entrevista Carlos Cereto

Boa noite amigos. Trago para vocês mais uma entrevista, desta vez com o repórter e editor chefe do programa Arena SporTV, Carlos Cereto.

Arthur Stabile: Como foi o início de sua carreira?
Carlos Cereto: Comecei no rádio em Mogi Mirim, interior de São Paulo, sou de Itapira.  Ganhei a primeira chance de um amigo Ismael Rodrigues, comentarista da rádio. Ouviu uma fita que havia gravado simulando uma transmissão de futebol e me deu uma chance como plantão esportivo. Cheguei a narrar futebol na rádio antes de ser repórter.

AS: O jornalismo surgiu de que maneira na sua vida?
CC: Fiz jornalismo porque queria de alguma forma trabalhar com futebol. Sou apaixonado por futebol e por transmissão esportiva. Uma coisa levou a outra.

AS: Sempre teve o ramo esportivo como alvo para trabalhar? Deseja ir para outra área no futuro?
CC: Sempre gostei de esportes e amo o jornalismo esportivo. Não me imagino fazendo outra coisa, mas o futuro a Deus pertence.

AS: E essa história de subornos na FIFA, acredita ser verdade? E Ricardo Teixeira, pode ser o próximo presidente da instituição?
CC: É fundamental apurar os fatos, reunir provas concretas antes de qualquer denúncia. O futebol é um grande negócio do ponto de vista econômico e envolve muita política. Da parte da imprensa é fundamental a apuração dos fatos e a fiscalização.

AS: Mano Menezes foi a melhor escolha pra Seleção? Muricy fez certo ao recusar o convite?
CC: Muricy teve os motivos para recusar a Seleção. Todos fazemos escolhas na vida e devemos respeitá-las. Gosto do trabalho de Mano Menezes. Tem buscado uma linha de renovação das mais interessantes. Tem qualidade e material humano pra isso.Tem tudo pra dar certo.


AS: Depois da discussão de Carpegiani e Rivaldo, na eliminação para o Avaí na Copa do Brasil, o que você faria se fosse presidente do clube?
CC: É difícil dizer porque não estou lá dentro do São Paulo pra saber exatamente o que aconteceu. Existe um trabalho de renovação no São Paulo à pedido da diretoria. o objetivo é investir cada vez mais nas categorias de base pensando no futuro do clube. O que talvez tenha sido um contra-senso tenha sido a contratação de Rivaldo, já em fim de carreira.

AS: O futebol feminino ainda pode crescer no país mesmo com tanto preconceito?
CC: O problema é a falta de estrutura e investimento. Independentemente da modalidade o investimento tem que vir da base, na formação de atletas, no incentivo da pratica do esporte na escola. O Brasil deveria se mirar no exemplo de uma potência no esporte como são os Estados Unidos e investir no casamento entre a escola, a universidade e a prática esportiva.

AS: Lucas Piazon é o craque do ataque da seleção sub-17 e já é jogador do Chelsea. Concorda com o negócio feito pelo o São Paulo? O jogador terá problemas para se acostumar com o futebol inglês?
CC: Não acho que terá dificuldades para se adaptar ao futebol inglês e o São Paulo tem o direito de negociar quem quer seja desde que entenda como um bom negócio. O problema é que o clube optou por usufruir do retorno financeiro imediato  em detrimento do salto de qualidade que o jogador poderia dar ao time no futuro. Fica a impressão de um negócio de ocasião.  

AS: A estreia de Maikon Leite contra o Atlético – GO deu bons ânimos à torcida palmeirense. Com a sua chegada, Felipão deve esquematizar o time sempre com três atacantes. Como vê este estilo de jogo do Palmeiras?
CC: Quanto mais atacantes melhor desde que haja o comprometimento tático  do time. Não existe esquema bom se não houver bons jogadores. O esquema tático ideal é aquele montado em cima das características e qualidade técnica do elenco. Gosto do Maikon Leite. Tem velocidade e  boa qualidade técnica. Foi uma ótima contratação do Palmeiras.


AS: Acredita que os dois frangos levados por Rogério Ceni são fruto da idade, da falta de atenção do craque tricolor ou meras fatalidades?
CC: São fatalidades na vida de um goleiro. Rogério ainda é um dos melhores do Brasil.

AS: Daria uma chance para qual jogador que não foi chamado pelo técnico da Seleção?
CC: Gosto do Marcelo, do Real Madrid, mas houve um ruído entre ele e Mano Menezes, o que explica a ausência.  Daria uma chance para Arouca, volante do Santos. Joga muita bola.

AS: Pensa que o Jadson, convocado duas vezes pelo Mano e também para a Copa América, é um bom nome para a reserva da seleção brasileira?
CC: Pode ser um bom nome para a reserva, mas talvez não seja o nome ideal para a reserva de Paulo Henrique Ganso. Mano poderia ter convocado um jogador com as mesmas características de meia de armação. Thiago Neves, do Flamengo, seria um bom nome.

AS: Qual time, nacional ou do exterior, que te despertou mais a atenção durante a sua carreira?
CC: Vi grandes times jogar no Brasil. O Santos de Neymar e Ganso. O Palmeiras da Parmalat, com Zinho, Rivaldo, Evair, Muller, Zinho, Edmundo. O São Paulo dos Menudos, com Muller, Careca, Silas, Sidney, Pita. O Corinthians da democracia, com Sócrates, Casagrande, Biro Biro, Zenon, enfim, grandes times. O Nápoli de Careca e Maradona, o Milan de Van Banten e Gullit e o atual Barcelona de Messi também me chamaram muito a atenção.

AS: O que é primordial para os profissionais que desejam seguir a carreira esportiva?
CC: Muito estudo, dedicação e preparação. Ler muito é fundamental.

AS: Mais uma vez obrigado pela entrevista Cereto.

2 comentários:

  1. Parabéns grande Arthur, que felicidade ver um ex aluno meu chegar a este patamar de cultura..
    Fica com Deus.......
    Quando me deparo com isso, tenho saudades de trabalhar em uma escola, mas sei também que cada dia fica mais raro turmas de alunos como a sua...
    Grande abraço.......

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