domingo, 31 de julho de 2011

Renegados que desequilibram

Este sábado poderia ser o último do atacante Luan como jogador do Palmeiras. Seu vinculo com o clube se encerraria e caso seu passe não fosse comprado o atleta teria que voltar para o Toulouse, da França, que detinha seus direitos. Porém, o time verde acreditou no atacante e apostou (alto) na sua contratação. Foram 11 milhões de reais investidos no negócio e um reforço para o esquema time.


Mesmo com tanta confiança dos dirigentes, comissão técnicas e companheiros, o jogador não é unanimidade na torcida alviverde. Muitos contestam sua habilidade e chegam até a chama-lo de fominha. Neste ano, Luan e Marcos Assunção foram protagonistas de alguns protestos de torcidas organizadas do time, que pediam a saída deles. Não ligando para isso, os jogadores foram a campo e deram suas respostas, onde sabem melhor expor seus argumentos.

E não foram poucos. Sem dúvida alguma a jogada de bola parada de Assunção é a principal arma ofensiva do time. Coincidência ou não, foi justamente de uma jogada dele que o time da casa abriu o placar. Assunção cobrou falta na lateral esquerda do ataque, bola alta que ia na área, mas no meio do caminho fez uma bela curva, encobrindo o goleiro Giovanni e acertando o ângulo direito do gol. Golaço do volante palmeirense.


A resposta do time de Minas foi imediata. Descida rápida pela ala direita do Galo, a bola chegou a Magno Alves na entrada da área. O atacante dominou, girou para o pé esquerdo e chutou. Deola estava na bola, entretanto, um desvio da pelota no zagueiro matou o arqueiro camisa vinte e dois. Empate rápido e os outros gols se reservaram para o segundo tempo.

O desempate não poderia ser diferente. Cobrança de falta de Marcos Assunção resvalada por um jogador do Palmeiras e acabou batendo no defensor do Atlético, sobrando limpa para Luan, cara a cara com o goleiro. Obviamente que o atacante não pensou em outra coisa: enfiou a botina e cravou o segundo gol do Palmeiras nas redes do Galo mineiro.

Valdívia jogou bem, deixou os atacantes na cara do gol, chutou e tentou a todo custo decidir a partida. Não deu. Sendo assim Felipão tentou fortalecer o meio-campo, tirando Maikon Leite e colocando Patrik. Aí sim, deu certo. Luan partiu pela esquerda, passou pelo defensor e cruzou pro meio da área, aonde Kleber veio em velocidade, mas foi desarmado. A bola não poderia ter caído em melhor lugar, justo no pé de Patrik, que de primeira ampliou o marcador.

O jogo já estava ganho, porém, ainda dava tempo para o time de Dorival Júnior deixar a situação ‘menos pior’. Chutão de Werley, que estava na linha do meio campo, para a ponta direita da ofensiva alvinegra. Pela força da bola, parecia que ela morreria na linha de fundo, mas morreu após outra linha, a do gol. Neto Berola acreditou na jogada, pegou a bola dando um chapéu no zagueiro e mandou para a pequena área, onde Wesley só despachou o pacote para o endereço certo. 3x2 e final de partida.


Esse jogo contra o Atlético – MG, no Canindé, foi vencido graças aos renegados de parte da torcida, que garantiram os três pontos e mantiveram o time na quarta posição. Além disso, igualou os pontos do rival São Paulo e está a três do líder Corinthians. O Atlético – MG está na décima quarta posição em fase muito desagradável, principalmente para o treinador Dorival Júnior, que já vem sendo contestado há algum tempo por conta de tantos resultados negativos.


Fotos: Miguel Schincariol / Agência Estado / Eduardo Viana

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