terça-feira, 9 de agosto de 2011

Série especial – Brasil x Alemanha: Desvendando os esquemas


A era Mano Menezes chega a mais um grande confronto. Após encontrar Argentina e França, sendo derrotado por ambos, e empatar com a Holanda, o time do treinador gaúcho vai encarar a renovada equipe da Alemanha em Stuttgart.

Finalizando a trilogia de Brasil e Alemanha, vamos agora analisar os esquemas das equipes para este jogo de amanhã. Nas convocações das equipes estão algumas novidades, porém, a base dos times é o mesmo, principalmente no modo de jogo que não deve ser alterado.


No Brasil duas ausências. Mano Menezes não pode contar com o volante Sandro, que se lesionou na Copa América e não foi chamado e neste fim de semana o zagueiro David Luiz foi cortado, por conta de uma lesão no Joelho. As novidades são os meias Fernandinho (Shakthar Donetsk), Luiz Gustavo (Bayern de Munique) e Ralf (Corinthians). Na defesa o zagueiro Dedé (Vasco) é a aposta, enquanto que no ataque Jonas (Valencia e ex-Grêmio) terá mais uma chance.

A Alemanha não contará com o seu principal meia. Özil, novo craque alemão, não foi convocado, junto com seu parceiro de Real Madrid Khedira. O motivo é que os jogadores estão em pré-temporada com o time espanhol nos Estados Unidos e o treinador Joachim Low preferiu poupá-los. O lateral Boateng é outro desfalque, pois está lesionado.  Cacau, atacante brasileiro naturalizado, está presente na lista e o jovem meio campista Ilkay Gundogan, de 20 anos, é a aposta do time europeu.

Atualmente, os esquemas são pouco distintos. Nossa seleção está voltando às suas origens, tentando colocar em prática o ofensivo 4-3-3, com dois pontas. Já os alemães mantém o 4-4-2 de sempre, com o avanço dos meias e volantes e a subida de um lateral, principalmente Lahn.


Vamos um pouco mais afundo agora. Com tanta ofensividade, o Brasil acaba deixando algumas (grandes) brechas em seu setor defensivo. Os laterais (Maicon e André Santos) acabam atuando como alas, apoiando bastante o ataque e contando com a cobertura dos volantes (Ramires e Lucas Leiva), sendo que o segundo volante também ajuda na criação de jogadas.

Sendo assim, a zaga fica desprotegida. Lúcio e Thiago Silva tem o apoio do primeiro volante nas jogadas ofensivas, entretanto, é pouco para aguentar um contra-ataque bem armado do adversário. No comando do ataque, Pato é a referência, com Neymar e Robinho nas pontas.

Daniel Alves e Ralf treinaram como titulares. O lateral substituiu Maicon, que recebeu descanso de Mano e o volante do Corinthians foi escolhido, ao menos no treinamento, como substituto de Lucas Leiva, que cumpre suspensão nesta partida.


Mantendo a tradição, o equilíbrio reina no modo alemão. Os meio campistas tem a habilidade de defender e atacar com grande qualidade, principalmente Schweinsteiger. Para esse jogo seu companheiro Kross é outro que desempenha bem este papel. Lahn é o lateral que avança, enquanto Badstuber não sobe, fica para contribuir na marcação no meio pela esquerda.

Podolski ataca por um lado e Özil pelo outro, tentando encontrar Gomes em boa condição para o arremate. Com a ausência do jogador do Real Madrid, o atacante Müller deve atuar mais recuado, contribuindo na armação. No lugar de Özil entrará o jovem Götze, jogador do Borussia Dortmund que teve boa atuação no último campeonato alemão, sendo comparado a Maradona e Beckenbauer.


Para mim um único jogador tem papel fundamental nesta partida. O meia Paulo Henrique Ganso pode ser o diferencial para o time brasileiro, tanto positiva como negativamente. Caso o meia se destaque seria improvável que a Alemanha conseguisse parar o Brasil. Em contra partida, se o meia seguir como vem atuando pelo Santos, a situação se inverte e nossa seleção terá um jogador a menos em campo.

Teorias e esquemas postos à mostra, basta agora esperarmos até que o apito inicial do jogo nos mostre como realmente jogarão os times.


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