sábado, 8 de outubro de 2011

Deu para o gasto e olhe lá

Mais um amistoso da seleção brasileira contra seleções menos prestigiadas. Quando falamos de preparação de uma equipe, obviamente que times mais fracos são alvos tranquilos para os jogadores adquirirem entrosamento e se acostumarem com a camisa que estão vestindo. Mas o ritmo de crescimento anda bem ruim.

Ronaldinho Gaúcho foi designado por Mano para criar as jogadas, algo que não faz mais com a mesma qualidade que no Barcelona, pois agora joga de atacante pelo Flamengo. Pelas pontas, Lucas e Neymar nada criaram no setor ofensivo, ficando muito longe do meio campo da equipe. Enquanto que David Luiz e Thiago Silva tocavam bola de lado a lado da zaga.


Sem conseguir começar as jogadas, o time era facilmente neutralizado. Bastou a Costa Rica adiantar três jogadores e dificultar a saída de bola, pois nem Ralf nem Luís Gustavo têm tanta habilidade quanto Hernanes, que estava no banco e era uma boa opção para esta tarefa. Para se ter uma noção, a grande (e única) chance do primeiro tempo aconteceu com Fred, quando o centroavante foi lançado, dominou, chutou forte e viu a bola sair pelo lado direito do gol.

Vendo sua equipe complicar-se em campo, Mano agiu e colocou Hernanes e Oscar na etapa complementar, buscando uma maior habilidade no meio campo. A técnica não fez tanto efeito, mas serviu para a equipe encontrar o gol salvador. Outro a entrar foi Daniel Alves, no lugar de Fábio, e saiu dos pés dele a assistência. No canto direito, o lateral cruzou na área. Fred furou, mas o goleiro já havia saído, deixando o gol livre para a chegada de Neymar, que empurrou e fez o gol da vitória.


Antes da partida, Mano Menezes fez a seguinte declaração: “O importante é vencer, depois apresentar um bom futebol”. Torcedor brasileiro, essa frase será o carro chefe deste time, seguido pela palavra ‘paciência’, como eu venho dizendo há tempos. Sem jogadas coletivas, esta equipe dependerá da individualidade, da bola parada ou então de muita sorte para alcançar os objetivos.

Ainda é pouco tempo, mas mesmo assim parece que neste ano com o novo treinador no comando o avanço da equipe em campo não veio. E pior. Com Dunga, a equipe poderia jogar mal e fazer a torcida sofrer. Entretanto, os resultados vinham, mesmo que não da melhor forma. Já com Mano, a tragédia é dupla. Sem resultados e muito menos bom futebol, a seleção brasileira segue perdendo prestígio, tanto no exterior quanto conosco, torcedores tão fanáticos e, mais do que nunca, sofredores.


Fotos: EFE / AFP

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