quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O último absolutista

Após o torcedor são paulino se acostumar com grandes conquistas, a partir da Libertadores e Mundial de 2005, alimentado com o tricampeonato brasileiro (06, 07 e 08), vive agora apenas da torcida pela classificação para a Libertadores, algo que não vem a um ano, desde que foi eliminado nas semifinais em 2010 para o Inter. E qual o principal motivo desta queda brusca da equipe? Mau planejamento dos dirigentes.

Com um bom elenco em mãos, os mandatários vem pecando na contratação e manutenção de treinadores. Após demitir Muricy, apenas Ricardo Gomes teve tempo para desenvolver seu trabalho e mesmo assim caiu sem grandes fracassos ou erros grotescos, como a de seus superiores.

Ou seria apenas ‘de seu superior’? Há pouco tempo o São Paulo lançou o seu filme intitulado “Soberano”, mas que na verdade retrata a figura de Juvenal Juvêncio no clube. Há cinco anos ele é o presidente, mas desde 2003 até assumir o cargo máximo atuou como diretor de futebol. Não esqueçamos que de 88 a 90 ele havia tido sua primeira passagem na presidência. Com tanto tempo e conquistas, será que Juvenal não vê que apenas arranha a imagem que deixou do São Paulo?


Em sua direção (contando a época de diretor de futebol) o time saiu de 3ª força do estado para o maior time do Brasil, considerado exemplo de organização, infraestrutura e base para jogadores e do treinador. Além de assegurar a execução do trabalho destes sem pressão. Entretanto, com a saída de Muricy (outro erro do presidente, se não o maior) tudo desandou. Diversos profissionais exemplares foram deixando o clube, que hoje tem apenas ‘Juju’ (como é carinhosa e ironicamente chamado pela imprensa paulista) como homem de opinião forte.

Nesta semana o mandatário ainda declarou à Rádio Bandeirantes que o clube ‘ainda depende de seus serviços e que os são paulinos rezam para ele’. Claro que rezam para ele, mas para Juvenal sair do controle total que exerce sobre a instituição. Com tantos erros, a única coisa que ele poderia fazer para o bem do São Paulo é largar a mão do ‘osso’, sair de vez. Afinal, praticamente todos os ditadores saíram do comando dos clubes (Dualib, Mustafá, Eurico) e quem resiste e quer manter este mal é apenas Juvenal Juvêncio.


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