segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Fabuloso 'renascimento' do rubro-negro

 A tarde deste domingo teve como principal ponto a estreia de Luis Fabiano pelo São Paulo, deixando em segundo plano o jogo de sua equipe com o Flamengo, que consagraria uma das equipes na tabela em busca da liderança. Pena que a festa foi pensada sem contar com o Flamengo, que conseguiu se reerguer na tabela, além de um importante resultado.

Em casa e com um centroavante, a logica seria que o treinador Adilson Batista escalasse no meio-campo Lucas e Rivaldo, para criarem para Dagoberto e, principalmente, para o Fabuloso começar da melhor maneira possível sua segunda passagem pelo time paulista. Mas o técnico não gosta de logica, escalando o time com três volantes (Casemiro, Wellington e Denílson), além de Cícero com maior liberdade. Do outro lado, Ronaldinho era a arma do Fla, assim como em todo o campeonato, com Thiago Neves como protagonista de luxo do rubro-negro.


Tentando dominar o jogo, o tricolor do Morumbi se aventurou no ataque, como (em teoria) todo anfitrião faz. Seguindo a teoria, o Flamengo preferia a tática do contra-ataque. Algumas oportunidades surgiram para o São Paulo. Luis Fabiano acertou a trave, após chute de Cícero, porém o atacante estava impedido. Rogério, de falta, fez Felipe trabalhar e espalmar para escanteio, na melhor do primeiro tempo.

E Ceni também teve trabalho debaixo das traves. O ‘Mito’ teve que intervir em lances para manter o empate no placar. No cabeceio de Thiago Neves a menos de um metro o goleiro foi perfeito e conteve a bola, isolada pelo zagueiro no complemento do lance. Mas no cabeceio de Deivid a única coisa que o goleiro artilheiro pode fazer era torcer e dar um golpe de vista, que fez a bola passar lambendo a trave, mas indo rumo à placa de propaganda.

Porém, no segundo tempo, Rogério não teve tanta sorte. Após a expulsão de Lucas, o Fla arriscou mais. De novo Thiago Neves. De novo de cabeça, desta nas costas do zagueiro na pequena área. Preciso, o meia direcionou no fundo das redes, fazendo o goleiro desistir de se mexer, pois já sabia que não poderia conter o inevitável. Gol do Flamengo, quando os ponteiros do relógio do juiz Fabrício Neves Correa marcava dezoito minutos da etapa final.


Também após uma expulsão, a de Willians, o São Paulo foi mais presente ofensivamente e igualou a situação do jogo.  Fabuloso tentou reverter o placar. Brigou na frente, mas de nada adiantou, nem o apoio dos 63 mil torcedores do estádio. Quem teve de buscar o empate foi Dagoberto. Ao receber na entrada da área com visão aberta o atacante não pensou duas vezes, tomou distancia e enfiou o pé, cravando a força o empate tricolor.

O gol aos 34 minutos animou a torcida da casa, fazendo o otimismo da vitória renascer na alma dos são paulinos, que apoiaram e tentaram dar uma força a mais para sua equipe. Entretanto, quem teve essa forcinha foi o volante Renato, que arriscou de fora da área e contou com o desvio na defesa, que matou Ceni, para comemorar o gol da vitória flamenguista em pleno Morumbi.


Com duas vitórias seguidas, o rubro-negro sonha em voltar à luta do título, ainda mais com um resultado tão importante fora de casa, não só por conta do adversário, mas também para dar confiança para a equipe. Enquanto o São Paulo derrapa quando não pode, principalmente por conta de seu treinador medroso, que evita atacar com medo da derrota. Na rodada seguinte o tricolor vai a Sete Lagoas encarar o decepcionante Cruzeiro. Já o Flamengo tem pela frente o Fluminense, no clássico mais famoso do Rio, ao menos atualmente.


Fotos:  Tom Dib

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